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Alunos protestam contra falta de transporte escolar; Secretaria explica
Estudantes, professores e motoristas das escolas dos municípios do Agreste de Alagoas fizeram uma manifestação, em Palmeira dos Índios, na manhã desta sexta-feira (23) denunciando o atraso de 4 meses de salários.
Sem transporte escolar por conta da falta de pagamento os motoristas da rede estadual de ensino paralisaram suas atividades. Durante o protesto, eles carregaram, entre outras coisas, um caixão que simbolizava o enterro da educação pública estadual.
A paralisação prejudica milhares de estudantes das cidades de Palmeira dos Índios, Taquarana, Belém, Igaci, Maribondo e Estrela de Alagoas, que dependem dos veículos.
A estudante de Traipu, Thais Rolim, conta que os alunos estão com medo de perder o ano letivo devido à falta dos ônibus.
“Estávamos de férias em junho. O ano letivo seria retomado ontem, mas não tivemos transporte para o deslocamento e, por consequência, ficamos sem aulas, porque os motoristas disseram que só vão voltar quando a empresa, que é terceirizada e contratada pelo Governo Renan Filho, pagar os atrasados”, contou Thais Rolim.
Os motoristas alegam que estão sem receber há três meses, além do mês de agosto de 2015 e, por isso, pararam as atividades no mês de junho, ainda antes do recesso, por atraso no pagamento.
Eles relatam que recebem um mês e a empresa “esquece os demais pagamentos”. “A empresa diz que o estado não repassa as verbas para o pagamento”, relatou o motorista, que preferiu não se identificar.
Na manifestação, os integrantes percorreram as ruas de Palmeira dos Índios, com carro de som, faixas, cartazes e um caixão – alusivo à ‘morte da educação pública de Alagoas’.
Através de uma nota, a Secretaria de Estado da Educação informou que o pagamento referente ao mês de abril só depende da liberação da Sefaz. Com relação ao ano de 2015, os trabalhadores devem procurar a empresa que prestava serviço à época, que não é a mesma que atua agora.
“A Secretaria de Estado da Educação informa que o pagamento referente ao mês de abril só depende da liberação da Sefaz. A Seduc tem que auditar as frequências dos motoristas apresentadas pela empresa e no processo do mês de abril foram constatadas inconsistências. O processo do mês de maio, está sendo aberto pela empresa agora e o processo de alguns dias de junho, já que foi mês de recesso das escolas, ainda será aberto pela empresa prestadora de serviço. Com relação ao ano de 2015, os trabalhadores devem procurar a empresa que prestava serviço à época, que não é a mesma que atua agora“, finaliza a nota.
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