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CSE: Justiça do Trabalho penhora Estádio Juca Sampaio em Palmeira

10/01/2019
CSE: Justiça do Trabalho penhora Estádio Juca Sampaio em Palmeira

Juca Sampaio será penhorado pela Justiça do Trabalho (Foto: Arquivo T.S.)

Uma reclamação trabalhista de 17 de maio de 2018 (RTSum-0000161-35.2018.5.19.0063),  promovida por oito atletas (Leandro Thomas Batista da Silva,  Josias Miranda da Costa Neto, Lucas da Silva Santos, Saulo Rafael da Silva, Julio Andre Avelino do Nascimento, Diogo Jurandir Batista, Domivanio Alves de Souza Junior, Gilberto Francisco Martins, Andre Pereira dos Santos) decorrente da atual administração do presidente Antônio Umbelino da Silva que possui o lastro financeiro da gestão do Prefeito Julio Cezar pode deixar o Clube Sociedade Esportiva, o glorioso CSE sem estádio.

A dívida inicial cobrada pelos jogadores ao clube ainda sem o cálculo dos juros e multa é de R$121 mil.

Sem nenhum recurso em conta corrente em que pese a Lei municipal n.º 2.120, de 02 de março de 2017 que autoriza o Município de Palmeira dos Índios a destinar  ao clube tricolor R$100 mil quando o time estiver  em atividades profissionais e até R$50 mil nos demais períodos, os reclamantes não lograram êxito na tentativa de bloquear as contas do CSE pois encontraram as contas zeradas e partiram para penhorar o patrimônio do clube.

Antonio Umbelino, presidente do CSE

No 2º Serviço Notarial e Registral de Palmeira dos Índios (cartório de registros) o Estádio Juca Sampaio está registrado em nome do CSE e a escritura pública data de 1961.

A juíza Caroline Bertrand Rodrigues Oliveira  de posse do documento determinou então que se penhorasse o Estádio Juca Sampaio para que em leilão possa apurar o quanto devido aos atletas e sanar a dívida.

O estádio que fica localizado em área nobre da cidade está avaliado em R$600 mil reais e qualquer cidadão poderá arrematar para si, desde que pague a quantia em juízo, quando a praça do leilão for executada.

O presidente  Antonio Umbelino da Silva também figura como parte ré na ação e pode ser responsabilizado financeiramente pela dívida, informa um advogado trabalhista.

Relembre o caso

Após uma derrota no campeonato alagoano de 2018 por 4 a 1 para o Dimensão Saúde, bastante irritado, o prefeito de Palmeira dos Índios, Júlio Cezar (PSB) concedeu entrevista ao radialista Anselmo Robério na Palmeira FM, comentando a derrota do Time.

Júlio Cezar afirmou na época que o time era fraco, que não sabia de onde vieram os jogadores e que não era seu papel na condição de prefeito contratar atletas. “Acho que esses jogadores foram vendidos para o Dimensão Saúde, dei todas as condições desde o campo e as passagens para os jogos”.

Demagogia do prefeito com CSE atolou o clube em dívidas e o fez ser rebaixado

 

Esse time fez vergonha e não quero ver nenhum jogador na cidade. Devolvam a camisa para ser lavada com sal grosso”, disse o prefeito, tentando justificar o fracasso do clube no campeonato de 2018.

O CSE acabou rebaixado para a Segunda Divisão do Campeonato Alagoano e os atletas (hoje reclamantes na Justiça do Trabalho) antes mesmo de terminar o campeonato foram demitidos, em razão do destempero do prefeito à época.

Hoje o Estádio serve apenas para treinamento do rival CSA que após ascender à primeira divisão brasileira de futebol atrai holofotes da imprensa nacional para si e consequentemente para onde está treinando ou jogando.

Com esse intuito, o prefeito palmeirense convidou o clube azulino para tentar pegar um “bigu”, uma “sobra” dos holofotes da imprensa nacional para o time do Mutange, mas esqueceu que jogou debaixo do tapete as dívidas do time palmeirense e a situação vexatória por que passa o clube com a penhora de seu estádio e que agora vem à lume.

 

Certidão do 2º Serviço Notarial e Registral de Palmeira dos Índios confirma Estádio pertencente ao CSE