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Projeção para déficit em transações correntes passa para US$ 17,6 bi, diz BC

20/12/2018

O Banco Central atualizou nesta quinta-feira, 20, no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), suas projeções para o balanço de pagamentos em 2018. A projeção para o déficit em transações correntes do País passou de US$ 14,3 bilhões para US$ 17,6 bilhões. A estimativa anterior constou no RTI de setembro.

Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) em 2018 foi de US$ 72,0 bilhões para US$ 83,0 bilhões.

Conforme o RTI, a estimativa para o investimento de estrangeiros em ações de empresas brasileiras – incluindo papéis negociados no País e no exterior – passou de saldo positivo de US$ 3,0 bilhões para saldo negativo de US$ 3,0 bilhões. No caso dos títulos de renda fixa negociados no País, a projeção permaneceu em zero.

O BC informou ainda que sua estimativa para a taxa de rolagem de compromissos no exterior em 2018 passou de 90,0% para 95,0%.

2019

O Banco Central prevê déficit ligeiramente maior nas contas externas do Brasil no próximo ano e aumento do fluxo de investimento produtivo em 2019. As estimativas constam da nova edição do RTI. A projeção para o déficit em transações correntes do País subiu ligeiramente, de US$ 34,1 bilhões para US$ 35,6 bilhões no próximo ano.

A estimativa anterior constava no RTI de setembro. Já a projeção para o IDP em 2019 subiu de US$ 80 bilhões para US$ 90 bilhões. Os números mostram que o déficit externo será completamente coberto pelos recursos que ingressarem no Brasil.

Conforme o RTI, a estimativa para o saldo positivo no investimento de estrangeiros em ações de empresas brasileiras – incluindo papéis negociados no País e no exterior – seguiu em US$ 5,0 bilhões. No caso dos títulos de renda fixa negociados no País, a projeção para o saldo seguiu em zero.

O BC informou ainda que sua estimativa para a taxa de rolagem de compromissos no exterior em 2019 permaneceu em 100% – o que indica a expectativa de que todos os compromissos financeiros que vencem no exterior no próximo ano serão renovados com novas operações.

Autor: Fabrício de Castro e Fernando Nakagawa
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