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Juros aceleram queda no fechamento com expectativa por derrota de Lula do TSE

31/08/2018

Os juros futuros ampliaram a queda e renovaram mínimas junto com o dólar, que pouco depois das 16 horas caía em torno de 2% no segmento à vista e de 2,40% no futuro. O pano de fundo para a aceleração da queda das taxas e do dólar é a expectativa com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cuja sessão da tarde desta sexta-feira, 31, vai julgar a legalidade do registro da candidatura do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou em 8,67%, de 8,80% no ajuste de quinta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 caiu de 9,95% para 9,81%. A taxa do DI para janeiro de 2023 encerrou a 11,39%, de 11,57%, e a do DI para janeiro de 2025 terminou em 12,11%, de 12,30% no ajuste anterior.

O Tribunal já aprovou, por unanimidade, o registro da candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB). Mas a maior expectativa do mercado é pela definição da situação de Lula, o que representaria uma incerteza a menos nas decisões de negócios.

“Os ativos mostram a antecipação de um resultado favorável para o mercado, ou seja pela impugnação, e futuramente lançamento de Haddad como candidato”, disse o economista da Mongeral Aegon Investimentos Breno Martins.

O ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, disse que discutirá com Lula na segunda-feira o que fazer após o julgamento. A sessão foi interrompida para um intervalo de 15 minutos e, no retorno, os ministros começam a julgar o caso de Lula.

O desempenho do dólar ante moedas de economias emergentes é misto, estando o real, ao lado da lira, do peso argentino e do rublo, entre os destaques positivos.

O peso recupera um pouco das perdas recentes em reação ao anúncio do governo argentino de que apresentará na semana que vem medidas para apoiar a economia. Pouco antes do fechamento deste texto, a S&P Global Ratings colocou o país em observação para possível rebaixamento de rating.

Às 16h36, o dólar à vista caía 2,16%, para R$ 4,0644, e o dólar outubro estava em R$ 4,0745 (-2,52%). Nas ações, o Ibovespa subia 0,63%, aos 76.887,21 pontos.

Autor: Denise Abarca
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