Geral

Juros futuros recuam com dólar

05/07/2018

Os juros futuros recuam com o dólar fraco ante o real e no exterior em meio aos ajustes pós feriado nos Estados Unidos e os dados de emprego do setor privado dos Estados Unidos abaixo do esperado em junho, divulgados nesta quinta-feira, 5.

O setor privado dos Estados Unidos criou 177 mil empregos em junho, de acordo com pesquisa divulgada hoje pela ADP. O resultado veio abaixo da expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam a geração de 185 mil vagas. Já o número de postos de trabalho criados em maio foi revisado para cima, de 178 mil para 189 mil.

A pesquisa da ADP é considerada uma de prévia do relatório de empregos dos EUA, que inclui dados do setor público e será divulgado amanhã.

Os agentes de renda fixa aguardam o IPCA de junho, que será conhecido amanhã. Na pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast, as estimativas estão no intervalo entre 1,02% e 1,37%. A mediana é de 1,28%. Em maio, o IPCA subiu 0,40%.

Os investidores locais devem continuar monitorando a cena política. Ontem, dirigentes do chamado “Centrão” demonstraram inclinação a apoiar o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) na campanha eleitoral. A indicação foi transmitida pelo bloco formado por DEM, PP, PRB, Solidariedade e PSC ao tucano Geraldo Alckmin, em jantar na noite de ontem.

Além disso, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, foi afastado do cargo por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, como parte da terceira fase da Operação Registro Espúrio da Polícia Federal, deflagrada nesta manhã. A Registro Espúrio investiga fraudes no Ministério do Trabalho relacionadas à concessão do registro sindical.

Às 9h20, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 indicava 8,34%, de 8,37% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021, 9,27%, de 9,32% no ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2023 estava a 10,59%, de 10,64% no ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista caía 0,60%, aos R$ 3,8903, após mínima em R$ 3,8868 (-0,67%) e máxima a R$ 3,8973 (-0,40%). No mercado futuro, o dólar para agosto recuava 0,61%, aos R$ 3,8995, ante mínima em R$ 3,8965 (-0,69%).

Mais cedo, a Fundação Getúlio Vargas informou que o Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) subiu 1,52% em junho, após a alta de 0,60% registrada em maio. O indicador é usado para mensurar o impacto da movimentação de preços entre famílias com renda mensal entre 1 e 2,5 salários mínimos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 3,03% no ano e avanço de 3,59% em 12 meses.

Autor: Silvana Rocha
Copyright © 2018 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.