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Juros fecham em baixa com exterior e melhora na percepção de risco eleitoral

24/07/2018
Juros fecham em baixa com exterior e melhora na percepção de risco eleitoral

A melhora do humor no exterior e da percepção do risco eleitoral no Brasil levaram os juros futuros a fechar em queda ao longo de toda a curva nesta terça-feira, 24. O dia foi bastante positivo para os ativos de economias emergentes, o que leva o dólar abaixo dos R$ 3,75 e contribui para o alívio nas taxas, além do recuo do retorno dos Treasuries. Internamente, o mercado gostou do desempenho do pré-candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) na segunda-feira, 23, no programa Roda Viva, da TV Cultura.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 fechou na mínima de 6,690%, de 6,723% na segunda no ajuste, e a do DI para janeiro de 2020 caiu de 8,14% para 8,05%. A taxa do DI para janeiro de 2021 encerrou a 9,05%, de 9,11%, e a do DI para janeiro de 2023 terminou em 10,33%, de 10,36%. A taxa do DI para janeiro de 2025 fechou em 10,91%, de 10,93%. O dólar à vista recuava 1,02%, aos R$ 3,7438, perto das 16h30.

“O comportamento das taxas hoje está vinculado à boa performance de Alckmin no Roda Viva, que repercutiu bem no mercado, e ao dólar para baixo, com o mercado externo positivo”, resumiu o gerente de renda fixa da Lerosa Investimentos, Carlos Fernando Vieira. Na segunda-feira, no programa, o tucano defendeu a reforma trabalhista e rechaçou com veemência a possibilidade de volta do imposto sindical.

Em evento na manhã desta terça-feira, Alckmin disse ainda que a campanha tucana vai abrir espaço ao Centrão não apenas na vice, mas também na coordenação de campanha e na elaboração do programa de governo. Nesta tarde, a executiva nacional do PR divulgou nota negando que o empresário Josué Gomes tenha recusado ser o vice na chapa, o que também é bem visto pelo mercado. “Ainda não há registro de qualquer decisão do republicano Josué Gomes, convidado para ser o vice da chapa encabeçada por Geraldo Alckmin”, diz o comunicado.

No exterior, o clima é favorável em meio a um conjunto de fatores, entre eles anúncio de medidas de estímulo à economia da China e o arrefecimento das especulações de que o Banco do Japão (BoJ) deverá discutir redução de estímulos em sua próxima reunião de política monetária. Contudo, as incertezas vindas das questões comerciais seguem no radar, nesta véspera do encontro entre o presidente Donald Trump e o da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker.

Autor: Denise Abarca
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