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Enfermagem do Campus Ufal Arapiraca recebe conceito máximo do MEC

06/09/2017
Enfermagem do Campus Ufal Arapiraca recebe conceito máximo do MEC

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A comunidade acadêmica e administrativa do curso de Enfermagem do Campus Arapiraca comemora o resultado da recente avaliação divulgada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teira (INEP): o curso alcançou o Conceito 5, sendo o único nessa área em funcionamento no Estado, que está no patamar máximo.

O Índice Geral de Curso (IGC), vai de 1 a 5, leva em conta o desempenho dos estudantes no Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes); a avaliação da infraestrutura das faculdades e o grau de formação do corpo docente. O resultado obtido pelo curso de Enfermagem de Arapiraca vem demonstrar a crescente qualificação e o compromisso com a formação acadêmica e profissional dos alunos em consonância com as demandas de atuação na área e também sociais.

Ao falar sobre o conceito alcançado, com visita da comissão de avaliação do MEC, in loco, a coordenadora do curso Janaína Ferro Pereira diz que o resultado demonstra a positividade do processo de aprendizado que é contínuo, visando a construção de uma formação de excelência em Enfermagem em uma universidade pública no interior de Alagoas cercada de desafios. “Ao longo do processo histórico de construção do curso, rodeada de desafios, a busca para a construção de uma forte identidade do curso passa pelo fortalecimento do corpo docente junto ao corpo discente para a formação acadêmica de qualidade. Somos o único curso de Enfermagem 5 de Alagoas e são poucos no país com esse conceito máximo”, enfatiza Janaína.

Coordenador do Núcleo Docente Estruturante (NDE), o professor Diego de Oliveira Souza acrescenta que o diferencial de todo trabalho empreendido é voltado para uma formação acadêmica de caráter crítico e ampliada, onde aluno não é preparado simplesmente, para o mercado de trabalho. Junto com a coordenadora Janaína Ferro e a vice-coordenadora Ana Paula Magalhães,  ele acompanhou todo o processo minucioso de avaliação do curso.  Diego reforça:

”Para além disso, propomos uma formação em Enfermagem voltada para a inserção na sociedade, almejando a sua transformação, em especial, naquilo que compete ao enfermeiro, enquanto trabalhador. Compreender a saúde como resultado das relações sociais e a Enfermagem como prática científica e socialmente referenciada, faz toda diferença na atuação dos nossos egressos ante a realidade, sobretudo, no contexto do Sistema Único de Saúde, o SUS”, diz .

Janaína Ferro e Diego Souza são unânimes em dizer que a positividade das ações promovidas para a qualificação do curso, não seria possível se não houvesse o sentimento de coletividade entre os envolvidos: alunos, professores, técnicos -administrativo. “Mesmo em meio a uma conjuntura tão complicada e, em especial, todas as dificuldades que as universidades públicas vêm passando, obter um conceito 5 revela que ainda temos um ensino de qualidade, fruto do comprometimento de docentes, técnicos e discentes. Ter conseguido essa nota coroa nosso trabalho coletivo que, acima de tudo, é um ato de resistência em prol da Enfermagem, da Saúde e da Universidade Pública”, declaram.

Aproveitam para tecer elogios ao trabalho da atual gestão, por meio da Pró-reitoria de Graduação (Prograd), Procuradoria Educacional Institucional (PEI) e à Comissão der Graduação (Cograd):  “Coletivamente, conseguimos mostrar que fazemos um ótimo curso de graduação, com potencial enorme de crescer ainda mais nos próximos anos. O sentimento, também, é de gratidão para com todos os envolvidos: técnicos, discentes, docentes, profissionais dos serviços, comunidade e gestores.  Esperamos que continuemos com esse espírito coletivo daqui pra frente, a fim de superarmos os problemas que existem em nosso campus”, afirmam Janina e Diego.

Ações com qualidade

Em funcionamento desde a implantação do Campus Arapiraca, o primeiro da interiorização da Ufal,  o curso de Enfermagem já graduou cerca de 200 alunos, com a primeira colação de grau em 2011. A coordenadora Janaína Ferro informa que atualmente o curso, que tem cinco anos de duração, recebe alunos de toda região do interior de Alagoas em sua maioria do agreste alagoano, mas há estudantes oriundos de municípios sertanejos, do Baixo São Francisco e de outros estados, a exemplo de Sergipe. A formação docente contínua também tem trazido reflexos na qualificação do curso, registrando atualmente entre mestres e doutores, 32 docentes do quadro efetivo.

Janaína também destaca como fator positivo para o dinamismo das ações, a área técnica – administrativa:  “O curso é dotado de total a estrutura administrativa do Campus Arapiraca e tem passado por uma importante expansão com a chegada de mais um curso da área de saúde, o de Medicina. Atualmente contamos com laboratórios das disciplinas básicas como microscopia, parasitologia, laboratório de anatomia e fisiologia e laboratórios de habilidades”, diz.

Ela  anuncia que já está em fase  de conclusão uma nova estrutura física, dotada  de  dois  prédios, um deles  só com laboratórios que abrigarão os cursos de medicina e enfermagem, o que sem dúvida,  possibilitarão ainda mais melhoria na qualidade do ensino, da pesquisa e extensão.

Cita a importância de dois grupos de pesquisa para a produção científica que proporcionou a apresentação da proposta de mestrado,  já aprovada nas instâncias colegiadas locais, e que será submetida à Capes ainda este ano. O curso dispõe da especialização em Saúde Coletiva e em andamento outro na área de Enfermagem Obstétrica, segundo Janaína Ferro, em convênio com a Universidade Federal de Minas Gerais,. “Destacamos também como relevantes as atividades de extensão para a excelência na integração ensino- serviço que vem sendo construída entre o nosso curso e os serviços de saúde e fortalecida com os programas como Pró-Saúde, Pet-Saúde e Pet- graduaSUS, em andamento”, frisou.

A formação acadêmica qualificada tem proporcionado aos alunos egressos inserção no mercado trabalho local, por meio de aprovações em concursos públicos da região, assim como em pós-graduações em importantes centros de ensino do país. “O aluno de Enfermagem do Campus Arapiraca tem uma formação diferenciada e demonstra isso fortemente nos serviços, como um enfermeiro que faz diferença para melhoria dos serviços de Saúde. Também temos egressos atuando na docência,  inclusive como  professores substitutos”, afirmou Janaína Ferro.

Interiorização

A interiorização do Campus Arapiraca com suas respectivas unidades de ensino (Palmeira dos Índios, Viçosa e Penedo)  completa 11 anos no dia 16 deste mês. Para o professor Diego Souza, que é arapiraquense graduado em Enfermagem no Campus Maceió, onde também obteve o título de mestre em Serviço Social, a expansão da Ufal trata-se de um marco histórico para o interior alagoano.

E destaca: “Por meio da educação, contribuímos para mudar a realidade de muita gente. Nestes 11 anos, dos quais participei de 7, passamos por muitas dificuldades e ainda temos muito por lutar, ainda mais em tempos tão difíceis. Temos problemas internos, em vários níveis. Precisamos avançar mais na área de pós-graduação, pesquisa, incentivo à cultura etc. Todavia, há avanços que são inegáveis. A nota do curso de Enfermagem é prova disso, pois ela é uma conquista de todos que acreditam na Universidade Pública de qualidade”, comemorou mais uma vez.

No mesmo processo conduzido pelo Ministério da Educação (MEC) foram avaliados também do Campus Arapiraca os cursos de Medicina Veterinária e Agronomia, ambos receberam Conceito 4, o que demonstra o empenho para o crescimento cada vez mais  das ações de ensino, pesquisa e extensão visando a formação qualificada de recursos humanos.