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Sesau vai apoiar pesquisa para identificar comportamento das gestantes frente ao zika

18/07/2017
Sesau vai apoiar pesquisa para identificar comportamento das gestantes frente ao zika
Repórter Fotográfico: Anderson Moreira

Repórter Fotográfico: Anderson Moreira

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) irá apoiar uma pesquisa financiada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem o objetivo de identificar o comportamento das gestantes alagoanas frente ao zika vírus. Para isso, o gestor da saúde estadual, Christian Teixeira, recebeu no final da tarde desta segunda-feira (17), na Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em Maceió, a antropóloga da Universidade de Brasília, Débora Diniz, que irá coordenar o estudo.

Isso porque, mesmo passada a epidemia do zika vírus em Alagoas, uma vez que foram confirmados 50 casos no primeiro semestre deste ano, contra 3.054 no mesmo período do ano passado, pesquisas evidenciaram que a doença tem relação direta com o aumento dos casos de microcefalia no Estado. Por esta razão, segundo salientou Débora Diniz, a pesquisa vai traçar o perfil das gestantes alagoanas, mostrando como elas veem o zika vírus e evidenciando se estão adotando medidas para se protegerem dele e de seus efeitos nocivos.

Para desenvolver o estudo, serão escolhidos os municípios alagoanos onde foram diagnósticos o maior número de crianças com microcefalia desde 2015, após a introdução do zika vírus no Brasil. Uma realidade que se deve ao fato de terem sido confirmados 272 casos de zika em 2015 e 8.026 em 2016, segundo dados da Gerência de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau.

Como resultado da epidemia registrada no ano passado, o número de casos de microcefalia – que não ultrapassava a casa dos seis dígitos até 2014, chegou a 115 em menos de dois anos, além do registro de mais 44 com outras alterações neurológicas. Uma situação que levou o governo brasileiro a decretar situação de emergência em saúde pública nacional.

“Em uma primeira pesquisa, detectamos que, grande parte das mães de crianças diagnosticadas com microcefalia, mora em locais de difícil acesso. Elas sobrevivem como podem a uma das maiores tragédias do Brasil, que foi a epidemia do zika”, salientou a pesquisadora Débora Diniz. Ela acrescentou que a pesquisa irá apontar como as gestantes estão se comportando frente ao vírus, que assim como a dengue e a chikungunya, é transmitido pelo Aedes aegypti.

Apoio – Após ouvir da pesquisada Débora Diniz como se dará a pesquisa, o secretário de Estado da Saúde se colocou à disposição para contribuir tecnicamente com os trabalhos que serão desenvolvidos em Alagoas. Isso porque, segundo ele, a pesquisa a ser desenvolvida pela antropóloga da Universidade de Brasília, irá ajudar os técnicos da Sesau a desenvolver políticas públicas que ajudem as gestantes e àquelas mulheres que desejam ser mamães.

“Para que possamos desenvolver políticas públicas eficazes, temos que nos basear em estudos técnicos e pesquisas de campo, como se propõe a antropóloga Débora Diniz. Por isso, a nossa satisfação em recebê-la e nos colocarmos à disposição para ajudarmos tecnicamente na execução da pesquisa, que dará subsídios para que nossos técnicos possam atuar de forma eficaz, visando evitarmos que as futuras mamães sofram com as complicações decorrentes do zika vírus, a exemplo da microcefalia”, salientou o gestor.