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Com resgate histórico e atividades lúdicas, Seris promove São João no Cárcere
Na horta do complexo penitenciário é cultivado o milho; nas salas de aula dos presídios são feitos estudos sobre as tradições juninas e nos pátios realizadas apresentações culturais. Essas e outras ações têm sido fomentadas pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) neste mês em especial. Com a participação conjunta dos reeducados, paciente e servidores, o órgão promove o São João no Sistema Prisional.
Após doar espigas de milho para a comunidade do Pau D’arco, em Maceió, receber quadrilhas juninas no Presídio Baldomero Cavalcanti e no Núcleo Ressocializador da Capital (NRC), está chegando a vez dos pacientes do Centro Psiquiátrico Judiciário (CPJ) participarem da confraternização. A iniciativa ocorrerá na quinta-feira (22) com atividades lúdicas na unidade.
A gerente de Educação, Produção e Laborterapia da Seris, Andréa Rodrigues, afirma que as comemorações não servem apenas para entreter; há um resgate da humanidade. “Os trabalhos pedagógicos serviram para que os custodiados conhecessem e valorizassem a cultura nordestina. Plantamos uma semente no coração deles e torcemos para que ela frutifique alegria e fé”, declara a gerente.
Segundo o chefe do Núcleo Ressocializador da Capital, Élder Rodrigues, o contato dos reeducandos com a cultura gera novas perspectivas e criam uma atmosfera positiva. “A apresentação da quadrilha proporciona o resgate dos festejos juninos entre os internos. É importante que eles estejam próximos dos festejos tradições culturais e disseminem o aprendizado. Isso facilita a ressocialização”, afirma o chefe.
Conhecimento e cultura
No âmbito da educação, os internos do Núcleo Ressocializador da Capital estudaram a biografia de Luiz Gonzaga, danças juninas e cordéis. Coroando o trabalho, na comemoração do NRC foram apresentadas simpatias de São João, dança da boneca, culinária cantada e leitura de cordel. No dia 13, a quadrilha junina Santa Fé de Alagoas abrilhantou e animou o evento, deixando os reeducandos encantados.
O vice-presidente da quadrilha junina Santa Fé de Alagoas, Davi Perdigão, lembra que a apresentação no NRC foi surpreendente. “Trouxemos um pouco da história da padroeira do Brasil para os reeducandos. Podemos perder tudo na vida, menos a fé. Pois ela proporciona a esperança no recomeço. Percebemos que há um vínculo entre os internos e os servidores do sistema. Nunca imaginei que um trabalho desses existisse lá”, finaliza.
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