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Secult oferece oficina de artesanato indígena para alunos do Cenarte

17/04/2017
Secult oferece oficina de artesanato indígena para alunos do Cenarte
Atividade centrou-se na produção de bijuterias, representada pela multiplicidade de cores e formas de materiais retirados da própria natureza. Fotos: Daniel Borges

Atividade centrou-se na produção de bijuterias, representada pela multiplicidade de cores e formas de materiais retirados da própria natureza. Fotos: Daniel Borges

A diversidade e o colorido da cultura nativa brasileira tomou conta do Centro de Belas Artes de Alagoas (Cenarte), que recebe esta semana a Oficina de Artesanato do indígena. Os alunos estão colocando a mão na massa e conhecendo de perto a cultura aborígine. Nesta segunda-feira (17), pela manhã, a atividade centrou-se na produção de bijuterias, representada pela multiplicidade de cores e formas de materiais retirados da própria natureza.

Os indígenas são uma grande fonte de conhecimento. Suas experiências milenares cultivadas entre gerações é uma das responsáveis pela formação diversificada, heterogênea e peculiar da cultura brasileira. Passados mais de 500 anos da chegada dos portugueses no Brasil, o índio resiste e prova a importância do fortalecimento da sua cultura.

“O preconceito deve acabar. Somos todos irmãos, o que nos diferencia são as cicatrizes que o homem branco lá do passado deixou sobre meu povo, mas a gente ergue a mente pedindo força para o grande espirito e dá continuidade a nossa jornada”, disse o cacique do grupo Dzubucuá, Ryaconan, da tribo Kariri Xocó, de Porto Real do Colégio,

De nome que significa “pequeno rio”, Ryaconan, ministra a oficina no Cenarte com outros integrantes da tribo alagoana. “É com muito prazer que a gente vem expor um pouco do nosso trabalho, dos nossos costumes para os irmãos não índios”, falou.

“Trabalhamos no sentido de trocar conhecimento. Trago da aldeia a minha vivência, como também quero levar um pouco da vivência da cidade grande, mostrando para o nosso povo que é diferente, mas que não deixamos de sermos irmãos”, destacou o cacique.

Ana Karolina viu na atividade a oportunidade de ter ideias para projetos futuros. “Me inscrevi na oficina, porque pretendo trabalhar com design de joias, e é uma maneira de conhecer e ter ideias e inspirações para minhas criações”, destacou.

A portuguesa Maria Robertina, que está de passagem pelo Brasil, aproveitou a realização da oficina para ter contato com a cultura indígena. “Gosto de conhecer bem as coisas de cada lugar. Estou encantada com o trabalho dos índios de Alagoas”, disse.