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Recursos estaduais fortalecem economia nas grotas e transformam realidade de moradores

18/04/2017
Recursos estaduais fortalecem economia nas grotas e transformam realidade de moradores
Microempreendedor Luiz Henrique de Albuquerque, o Lula, possui uma loja de artigos de surfe há 17 anos e foi um dos beneficiados com crédito do Pró-comunidade, que já liberou R$ 482 mil para oito regiões periféricas da capital. Ascom

Microempreendedor Luiz Henrique de Albuquerque, o Lula, possui uma loja de artigos de surfe há 17 anos e foi um dos beneficiados com crédito do Pró-comunidade, que já liberou R$ 482 mil para oito regiões periféricas da capital. Ascom

Um dado divulgado esse mês pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal, que aponta que Maceió caiu 19 posições no ranking das 50 cidades mais violentas do mundo – entre dezembro de 2014 e dezembro de 2016 -, traz ao campo concreto todo o empenho do governo do Estado para superar índices negativos. Parte desse avanço está apoiado em liberações de recursos que tem incluído economicamente pessoas antes sem perspectivas, especialmente, nas grotas da capital alagoana.

O Governo de Alagoas atribui essa redução não apenas aos programas na Segurança, mas também a políticas públicas em outras áreas, como Educação, Esporte, Infraestrutura e inclusão produtiva. Nesse último viés é que se inclui a Desenvolve Alagoas, que somente em um período de seis meses liberou, através da linha Pró-comunidade, R$ 482 mil para oito regiões periféricas da capital.

Idealizada pelo presidente da Desenvolve, Rafael Brito, a linha Pró-comunidade surgiu com o objetivo de atender os pequenos e médios empreendimentos das comunidades carentes de Maceió.

Moradores de grotas dos bairros do Trapiche, Vergel, Tabuleiro do Martins, Benedito Bentes, Poço, Jacintinho, Salvador Lira e Cidade Universitária enxergam hoje, graças a essas liberações oportunizadas pelo ente público estadual, uma nova realidade.

Diretamente, foram 240 empregos gerados e mais de 200 indiretos a partir de pequenos empreendimentos como mercadinhos, salões de beleza, oficinas mecânicas, açougues e tantos outros negócios que sustentam famílias inteiras e colocam essas pessoas sob uma nova perspectiva, como é o caso do microempreendedor Luiz Henrique de Albuquerque, o Lula, que possui uma loja de artigos de surfe há 17 anos, e foi um dos beneficiados pela liberação de crédito.

Morador da grota da Iraci, no Benedito Bentes, ele conta que já passou por altos e baixos para manter o pequeno empreendimento aberto e sustentar a família. “Esse crédito veio em excelente momento, pois vamos poder investir na compra de mais mercadorias”, declarou Lula.

De acordo com Rafael Brito, presidente da Desenvolve, o governador Renan Filho tem estabelecido metas para o enfrentamento à violência, uma delas é a inclusão produtiva e econômica. “Assumimos a postura e a adotamos como nossa a ótica do governador Renan Filho, em qual a Desenvolve é instrumento de transformação, ajudando a gerar, com os recursos liberados, emprego e renda, dando uma alternativa a quem pudesse, por ventura, enveredar pela criminalidade”, afirmou.

O que isso significa na prática? Que esses beneficiários das grotas, mesmo capitaneando pequenos empreendimentos, produzem riqueza com pouco, com quase nenhuma tecnologia e mão de obra familiar. Com a facilidade para pagar, o amparo técnico e subsídio do Estado, eles estão podendo viver melhor com base em seus pequenos negócios que não param e têm venda garantida dentro de suas próprias localidades ou fora delas.

O ganho, no entanto, é muito maior no campo social. Se reflete, na melhoria da qualidade de vida de milhares de maceioenses da periferia. É alimento garantido, crianças e jovens em condições de frequentarem as escolas, roupas adequadas e dignidade em casa.

Esses beneficiários do crédito desburocratizado do Governo do Estado são os protagonistas desse novo momento experimentado por Maceió, que desafiam as dificuldades para criar e oferecer ao mercado produtos e serviços que atendem às demandas que os cercam.

Ações como essa estão sendo decisivas para que Maceió vá na contramão das outras capitais nordestinas. Aracaju, por exemplo, saiu de 38º em 2015 para 12ª colocação em 2016, se tornando a terceira cidade mais violenta do Brasil e se aproximando do topo do ranking negativo. Já a capital do vizinho Estado de Pernambuco, Recife, subiu nove posições e hoje ocupa o 28º lugar.