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Reeducandos trabalham na limpeza e manutenção da Academia da Polícia Militar

06/03/2017
Reeducandos trabalham na limpeza e manutenção da Academia da Polícia Militar
Iniciativa inclui reeducandos no mercado de trabalho. Ascom Seris

Iniciativa inclui reeducandos no mercado de trabalho. Ascom Seris

O trabalho de manutenção e recuperação de espaços públicos e instituições do Estado continua rendendo bons frutos. Desde a última quinta-feira (1º), reeducandos inseridos no convênio da Reintegração Social da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) realizam o trabalho de manutenção, limpeza e conservação da Academia de Polícia Militar Senador Arnon de Melo. Ao todo, 15 reeducandos realizam o trabalho de capinagem, limpeza e pintura em uma área de 32 mil metros quadrados.

A equipe, que realiza serviços de manutenção, restauração e limpeza em órgãos públicos, na capital e no interior, foi formada em 2016 e faz parte do projeto intitulado “Uma Nova História”. Shirley Araújo, chefe de Reintegração Social, explica que o nome do projeto é em decorrência das ações que são desenvolvidas através dele. “O trabalho de recuperação é o início de uma nova história, tanto pelo prédio que está sendo restaurado, quanto pelo caráter inclusivo para o reeducando, que tem no trabalho um meio de reescrever uma trajetória de vida diferente”, disse.

O chefe de Manutenção e Transporte da Academia da Polícia Militar, capitão Bruno Barros, vê no trabalho uma oportunidade de introduzir o egresso no mercado de trabalho. “É uma forma de diminuir o estigma de presidiário e ajudar na reinserção do reeducando na sociedade”, falou.

Alisson de Melo, reeducando participante do projeto “Uma Nova História”, está há quatro anos no regime aberto e desde que recebeu a progressão trabalha nos convênios e participa de cursos de capacitação, como o de eletricista. Para ele, essa oportunidade de trabalho impede que muitos custodiados reincidam. “Os convênios ajudam quem quer mudar de vida. Se não fosse essa oportunidade de trabalho, talvez hoje eu estivesse no sistema prisional novamente”, afirmou.

Além da Polícia Militar, instituições como IBAMA, Portugal Ramalho, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) já foram beneficiadas pelo projeto.