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Nova fase da Operação Nicotina prende dois em Arapiraca

17/02/2017
Nova fase da Operação Nicotina prende dois em Arapiraca
Operação cumpriu mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão (Foto: Divulgação/MP-AL)

Operação cumpriu mandados de prisão, condução coercitiva e busca e apreensão (Foto: Divulgação/MP-AL)

Duas pessoas foram presas em mais uma etapa da operação “Nicotina”, realizada nesta sexta-feira (17) em Arapiraca, Agreste de Alagoas. A ação tem objetivo de combater fraudes fiscais da indústria do tabaco no estado, e é realizada pelo Ministério Público do Estado (MP-AL), Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) e Polícia Civil.

Segundo o MP, a operação nesta sexta foi iniciada por volta das 5h, e cumpriu dois mandados de prisão preventiva, dois de condução coercitiva e quatro de busca e apreensão expedidos pela Justiça.

Os presos foram identificados como Julyanny Emanuelly Ferreira Félix, esposa de Jadievany Silva Pereira, apontado como um dos líderes do esquema e que foi preso na semana passada em outra etapa da operação, e Sebastião Alves Ferreira, sogro dele.

Outros quatro mandados de busca e apreensão também foram cumpridos. Um deles foi em um mercadinho de propriedade de Sebastião, e outro na casa dele, de Jurandir da Silva Júnior, irmão de Jadievany, e na de Julyanny.

Nesses locais, as equipes apreenderam documentos de imóveis que, segundo as investigações, podem comprovar que houve enriquecimento ilícito dos envolvidos no esquema de sonegação de impostos.

Além disso, na casa de Jurandir foi apreendida uma Pajero TR4, que está em nome de Jadievany. Ela foi levada para o pátio do Detran.

Jurandir e Rosimeire Gonzaga, funcionária de uma das empresas que são alvos da operação, foram trazidos para Maceió e prestaram depoimento no Complexo de Delegacias, no bairro de Mangabeiras.

O delegado Manoel Acácio Júnior, que cumpriu os mandados, informou que não houve resistência às prisões.

O esquema
As investigações apontam que Jadievany era o organizador de um esquema de falsificação de documentos públicos, utilizados na abertura de empresas fantasmas. O prejuízo provocado pelo esquema ao Tesouro Estadual é de milhões de reais.

Até agora, a operação Nicotina já cumpriu dois mandados de prisão, cinco de condução coercitiva e nove de busca e apreensão. Três empresas são alvos da ação, duas delas são sediadas em Arapiraca. Elas foram multadas em R$ 534 milhões.

O Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Gaesf), do MP, informa que essa organização criminosa comercializa cigarros importados e atua em 15 estados.

Através de negociações ilícitas, realiza transações e não recolhem impostos, além de atuar na lavagem de dinheiro e outros crimes, com a circulação de documentos fiscais e não de produtos.