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Ford repudia veto de Trump a imigrantes nos EUA
A Ford divulgou nota repudiando a ampliação de vetos a imigrantes e refugiados estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e afirmou que tem a intenção de promover valores “do respeito e da inclusão” na empresa.
“O respeito por todas as pessoas é um dos valores centrais da Ford Motor Company e estamos orgulhosos da rica diversidade de nossa empresa”, afirmou a montadora americana em comunicado assinado pelo presidente-executivo Mark Fields e pelo presidente-executivo, Bill Ford, no último domingo (29).
“É por isso que não apoiamos esta política nem nenhuma outra que vá contra os valores de nossa companhia”, acrescenta no texto a multinacional, que também se compromete a assegurar o bem-estar dos funcionários “com a promoção do respeito e a inclusão no local de trabalho”.
Foi a primeira das principais montadoras americanas a se manifestar contra a medida, anunciada no último sábado (28).
O fundador da Tesla Motors, Ellon Musk, disse no Twitter que acredita que as medidas possam ser modificadas. Musk e a presidente da General Motors, Mary Barra, fazem parte de um grupo de consultores convidados por Trump para discutir soluções para aumentar o emprego nos EUA. Eles deverão se reunir com o presidente nesta semana.
Reunião de montadoras
O tom da nota da Ford difere do que foi dito na terça (24) passada, quando Fields, Barra e o presidente-executivo da Fiat Chrysler, Sergio Marchionne, se encontraram com Trump.
O presidente afirmou que dará um grande incentivo para as montadoras aumentarem o número de funcionários nos EUA.
O “chefão” da Ford afirmou que saiu da reunião “confiante de que o presidente está seriamente comprometido a fazer a economia dos EUA se fortalecer e a criar regras, de impostos, regulamentação e comércio, para levar a isso.”
No início do ano, a Ford anunciou o cancelamento dos planos de abrir sua quarta fábrica no México, e acrescentou que investirá R$ 700 milhões nos EUA.
Durante a campanha eleitoral, Trump tinha criticado a empresa pela ideia de construir um nova fábrica no México. Na semana do anúncio da desistência da Ford, o presidente eleito disparou críticas semelhantes contra Toyota e General Motors.
No dia da posse, ele voltou a dizer que pretende renegociar o acordo de livre comércio com o México e o Canadá, que compõem o Nafta.
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