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Sobre decisão do STF, Jorge Viana diz que não trabalhará por interesses próprios

07/12/2016
Sobre decisão do STF, Jorge Viana diz que não trabalhará por interesses próprios

O primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), garantiu que não defenderá interesses pessoais ou partidários no caso do afastamento do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF)  determinou o afastamento de Renan, mas a Mesa do Senado decidiu aguardar a manifestação do Plenário do Supremo, prevista para esta quarta-feira (7).

– A decisão é grave, porque interfere em outro poder e tira da Presidência de um outro poder aquele que foi eleito. Eu jamais vou trabalhar a meu favor neste caso para assumir. Eu vou trabalhar pela instituição e pelo país – garantiu.

Viana negou insinuações de que poderia interferir em votações como a da PEC 55/2016, que limita os gastos públicos por 20 anos. O PT, partido do Senador, é um dos maiores opositores da proposta. Apesar de discordar do conteúdo da pauta de votações deste final de ano, ele lembrou que o calendário é fruto de um acordo e que, por isso, precisa ser respeitado.

– Nós temos uma discordância enorme com essa agenda, com essa pauta que está colocada em apreciação aqui, mas ela é resultado de um acordo de líderes. Eu contesto versões que saíram de que eu tomaria medidas precipitadas – disse Viana, ao pedir serenidade.

Para ele, o país já sofreu uma ruptura muito forte com o processo de impeachment e não precisa de outra crise entre os poderes neste momento. A decisão da Mesa de aguardar a deliberação do Plenário do Supremo, explicou, não tem a intenção de afrontar a liminar. Segundo Viana, a nota divulgada pelo Senado já pressupõe o cumprimento da decisão que for tomada.

O vice-presidente do Senado disse não acreditar que o Plenário da casa tenha que confirmar a decisão tomada pelo STF. Para ele, este caminho não é uma alternativa.

– Tudo o que eu quero é que a gente tenha serenidade nesta hora, que a gente possa fazer com que o Brasil inteiro entenda que o Senado é parte da solução dessa crise, e não seu  problema – disse.