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Escritor lança “Almanaque dos Artilheiros”, livro inédito do gênero esportivo

07/11/2016
Escritor lança “Almanaque dos Artilheiros”, livro inédito do gênero esportivo
Jornalista Manoel Dressler lança seu primeiro livro para os amantes do futebol. (Foto: Arquivo Pessoal)

Jornalista Manoel Dressler lança seu primeiro livro para os amantes do futebol. (Foto: Arquivo Pessoal)

O escritor e jornalista é José Manoel Dressler nasceu em Nilópolis, no Rio de Janeiro, mas foi para São Paulo com os pais quando tinha apenas oito anos. Lá, ele se formou em jornalismo pela faculdade Cásper Líbero e em seguida fez especialização em jornalismo esportivo, uma paixão que ele afirma carregar consigo desde pequeno. Em 20 anos de carreira trabalhou em vários jornais como A Gazeta Esportiva, Jornal Popular da Tarde, Diário Popular, Folha da Tarde e Agora São Paulo, onde cobriu jogos de grandes clubes como o Palmeiras, São Paulo, Santos, Portuguesa e Corinthians. José Manoel é casado, tem um filho e é aposentado. Atualmente se dedica a um blog na internet onde faz matérias históricas sobre futebol. E como não consegue ficar parado resolveu lançar o seu primeiro livro: “Almanaque de Artilheiros”, pela Scortecci Editora, que ele considera inédito por não haver nenhuma outra publicação similar. Ao jornal Tribuna do Sertão José Manoel conta como foi escrever o livro e fala sobre a enorme atração que sente pelo universo esportivo.

 

Tribuna do Sertão (T.S.) – O senhor lançou este ano o livro “Almanaque dos Artilheiros”. Do que trata o livro?

José Manoel Dressler (J.M.D.) – Fiz uma pesquisa profunda sobre os maiores artilheiros do mundo em todos os tempos e muitos jogadores continuam em atividade. Mas a principal finalidade foi tentar resgatar os grandes artilheiros do passado e que não tiveram a primazia de contar com a mídia a seu lado para divulgar os seus feitos no passado. Nessa minha pesquisa fiz um levantamento desde 1880, até os nossos dias, e descobri muita coisa interessante, como 11 jogadores que fizeram mais de 1.000 gols e que Pelé não é o principal e o único jogador a fazer mais de 1.000 gols. Na verdade, Pelé ocupa a quinta colocação pela ordem, com 1.268 gols. Na frente dele tem outro brasileiro, que fez mais gols que Pelé. É Arthur Friedenreich, que viveu nas décadas de 10, 20 e 30 do século passado. Friedenreich, apesar de ter nome germânico, era brasileiro, filho de pai alemão e mãe brasileira e negra. Por isso Friedenreich tinha feições mestiças. Ele chegou a fazer 1.329 gols. O maior artilheiro do mundo, em todos os tempos, foi Joséf Bican,  austríaco, de ascendência tcheca. Ele fez 1.468 gols. Em segundo lugar vem o alemão Gerd Müller, com 1.461. Em terceiro lugar é o Arthur Friedenreich, com 1329. Em quarto lugar vem o sérvio Slobodan Santrac, que jogou pela antiga Iugoslávia, com 1.301. E em quinto lugar Pelé, com 1.268 gols.

Almanaque dos Artilheiros apresenta duas listas com os maiores goleadores do mundo. (Foto: Divulgação)

Almanaque dos Artilheiros apresenta duas listas com os maiores goleadores do mundo. (Foto: Divulgação)

 

T.S. – Como surgiu a ideia de escrever o Almanaque e quanto tempo levou para a obra para ficar pronto e ser lançada?

J.M.D. – O meu livro tem aproximadamente 400 páginas onde apresento duas listas de artilheiros, uma só de jogadores brasileiros que fizeram mais de 100 gols em toda a carreira profissional, a outra lista com jogadores do mundo inteiro, incluindo os brasileiros, e que fizeram mais de 200 gols. Também falo de todos os países que participaram das Copas do Mundo com riqueza de detalhes, como o histórico dos principais artilheiros de todos os países, todos os campeões nacionais e os principais artilheiros de todos os países. Também fiz uma pesquisa a respeito dos goleiros-artilheiros, onde se destacou o brasileiro Rogério Ceni, ex-jogador do São Paulo, autor de 131 gols e os goleiros que ficaram mais tempo sem sofrer gols.
Devo lembrar que na minha pesquisa levei em consideração os gols que os jogadores fizeram em jogos oficiais e amistosos. Desconsiderei os gols feitos nas categorias de base, jogos-treinos e jogos festivos. Procurei fazer uma pesquisa séria. Para isso me aprofundei no meu trabalho. Fiz uma viagem virtual aos quatro cantos do mundo, país por país, clube por clube, procurando extrair o máximo possível das informações disponíveis. Os leitores vão se surpreender com a quantidade de jogadores que eu descobri na minha pesquisa. Foram mais de três anos de pesquisas para eu concluir o livro Almanaque dos Artilheiros, dedicado aos amantes do futebol e para aqueles que gostam de números e estatísticas.

 

T.S. – Por que escrever sobre a história do futebol? Essa temática ainda é pouco explorada no Brasil?

J.M.D. – O objetivo de escrever esse livro foi justamente divulgar os grandes artilheiros do futebol mundial em todos os tempos. Existem muitos livros que falam de futebol e até livros bons e de ótimo nível. Mas acredito que o meu livro vai gerar muita polêmica, pois nem todo mundo sabe e reconhece os números apresentados por mim. Na verdade, em pesquisa não existe na unanimidade. E esse tema foi pouco explorado até agora. Com isso quero dar a minha contribuição para o jornalismo esportivo.

 

T.S. – Em um país onde a leitura é pouco valorizada o senhor acha que o seu livro pode alcançar os mais variados tipos de leitores? É uma leitura de fácil acesso?

J.M.D. – Aqui no Brasil, infelizmente, nenhum escritor pode viver só de livros. Temos que levar em consideração vários fatores. O primeiro fator é o econômico, justamente nesse momento em que o país vive uma fase de crise econômica, com desemprego. E isso se reflete na venda de livros. Outro fator é a falta de hábito de leitura dos brasileiros. Muita gente espera receber o livro de presente e outros não têm a coragem de botar a mão no bolso para comprar um livro bom e com muito conteúdo. Acredito que o Almanaque dos Artilheiros é um livro de fácil acesso. Não usei palavras difíceis, mas perfeitamente compreensíveis. É uma publicação que falo de todos os países que disputaram as Copas do Mundo e também apresento um breve perfil sobre cada país e aonde se situa, em termos geográficos. Acho que falta incentivo cultural no país. É um detalhe que poderia ser melhor explorado.

 

T.S. – Para o senhor, quais os maiores jogadores de todos os tempos?

J.M.D. – Grandes jogadores brasileiros nos deixaram. Muitos deles ajudaram a escrever a história do futebol brasileiro. Recentemente tivemos a notícia da morte do capitão do tricampeonato mundial, Carlos Alberto Torres, popularmente conhecido como Capita. Foi um extraordinário jogador, líder dentro de campo e que foi um dos maiores laterais-direitos do futebol mundial. Foi um homem de caráter e personalidade forte. Posso dizer até inesquecível. O seu nome vai ficar gravado na história do futebol como já aconteceu com outros ídolos: Garrincha, Vavá, Didi, Zito, Bellini, Mauro, Gylmar, isso para destacar alguns grandes jogadores.

 

T.S. – Na atualidade existem jogadores brasileiros que podem ser incluídos no hall dos maiores jogadores do mundo, ou isso ficou apenas no passado?

J.M.D. – O Almanaque dos Artilheiros é um livro que necessita de uma atualização constante, principalmente porque muitos jogadores continuam em atividade e fazendo muitos gols, como são os casos de Messi, Cristiano Ronaldo, Neymar, Luis Suarez, Ibrahimovic, Cavani, Bale e Benzemá, entre outros jogadores.

 

Muita gente não tem a coragem de botar a mão no bolso para comprar um livro bom e com muito conteúdo, afirma Dressler. (Foto: Arquivo Pessoal)

Para Dressler, muita gente não tem a coragem de botar a mão no bolso para comprar um livro bom e com muito conteúdo. (Foto: Arquivo Pessoal)

T.S. – O senhor já tem alguma obra prevista para ser lançada? Qual será o tema, desta vez?

J.M.D. – Já estou atualizando o livro para uma segunda edição, que deve ser lançado dentro de dois anos. Esse é o meu primeiro livro, mas já estou escrevendo um segundo livro. É a respeito de todas as Copas do Mundo. Metade do livro já está pronto e acredito que no ano que vem possa entregar na editora para a publicação. Vou procurar caprichar e apresentar informações interessantes para quem gosta do assunto.

 

T.S. – O Jornal Tribuna do Sertão, de Palmeira dos Índios, interior de Alagoas, agradece pela entrevista. Fique à vontade para as considerações finais.

J.M.D. – Quero agradecer essa oportunidade. Obrigado pela divulgação do meu trabalho. Espero que os leitores do jornal Tribuna do Sertão gostem da minha entrevista, principalmente aqueles que curtem futebol. Vou deixar os meus telefones para contato: (11) 98390-5630 (celular) e (11) 3334-0071 (fixo). Também o meu blog: blogdodressler.blogspot.com e  tenho um perfil no Facebook. É só digitar o meu nome (José Manoel Dressler) para poder acessar. Obrigado pela atenção e sucesso a vocês todos.