A primeira edição dos Jogos Paralímpicos de Alagoas foi um sucesso e deve entrar para o calendário de 2017. A competição foi realizada nesse final de semana e contou com a participação de 120 atletas, de cinco instituições, distribuídos em cinco modalidades: bocha, atletismo, natação, vôlei sentado e golbol.

Com o intuito de estimular a prática esportiva, a iniciativa foi bem aceita pelas entidades participantes. Para o presidente da Associação de Deficientes Físicos de São Miguel dos Campos, Maurício Faustino, a ação foi muito importante para promover a inclusão.

– É muito bom a gente poder desenvolver o nosso esporte adaptado, porque é uma forma de inclusão da pessoa com deficiência. Nós trabalhamos há nove anos com o esporte adaptado e há sete nós estamos com o vôlei sentado. É uma grande iniciativa para que a gente possa trazer essa população com deficiência para a prática do esporte.

Atletas do Vôlei sentado durante a 1ª Edição dos Jogos Paralímpicos de Alagoas (Foto: Andrei Costa/Selaj)

Além disso, os Jogos também tiveram como objetivo estimular novos atletas paralímpicos no estado, tendo como exemplo o Yohansson Nascimento, Marivânia Oliveira e Jonathas Santos, que participaram dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro neste ano.

– Os três participaram da última Paralimpíada e a Marinalva e o Yohansson trouxeram medalhas. Com isso, eles se tornam ídolos e fazem com que outros atletas se espelhem neles e queiram chegar a disputar uma Paralimpíada – ressaltou o gerente de esporte e rendimento da Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude, Ricardo Souza.

Para muitos atletas, essa foi a primeira chance de disputar uma competição voltada para a sua categoria, como é o caso do João Victor, que disputou as provas de lançamento de peso e dardo.

– É minha primeira competição. Poder participar dela é tudo para mim, tenho certeza que vai abrir as portas para o nosso futuro. Nós torcemos para que tenha mais edições, nós atletas vivemos disso. Foi o esporte que abriu portas para sermos alguém na vida.

O jogador de vôlei sentado Arthur Miller, pratica o esporte há três anos e não imagina a sua vida sem ele. Para o paratleta, esse incentivo é muito importante.

– Ocupa minha mente, eu me divirto muito, e sem o vôlei eu acho que não sou nada – completou.