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Hospital fecha as portas em Girau do Ponciano
O Hospital Municipal e Maternidade José Enoque de Barros da cidade de Girau do Ponciano na Região Metropolitana do Agreste (RMA) encerrou suas atividades. A decisão foi tomada pelos médicos da unidade de saúde após dois meses sem receber os salários. A decisão penaliza a população carente daquele município e sobrecarrega os hospitais de Arapiraca a exemplo do Hospital Regional e Centro Hospitalar Manoel André (Chama).
De acordo com um dos profissionais do hospital que preferiu ter a identidade preservada para evitar retaliações, várias datas foram agendadas pela secretaria municipal de Saúde e Finanças para que o pagamento dos salários fosse realizado, mas até a manhã de sexta-feira (14), nenhum valor foi depositado.
“Depois do domingo de eleição (02) de outubro a situação na área da saúde complicou completamente, como se fosse uma vingança porque a atual gestão comandada pelo prefeito Fábio Aurélio não consegui sair vitoriosa na reeleição.. Além da falta de pagamento dos profissionais, vários contratados foram demitidos para enxugar a folha”, disse o servidor revoltado.
Outras informações dão conta de que, o caos no hospital tem prejudicado o atendimento aos pacientes principalmente a população pobre. “Tem auxiliar de enfermagem fazendo trabalho de auxiliar administrativo porque vários contratados da prefeitura foram demitidos. Nessa sexta, médicos cubanos estavam realizando o trabalho de plantão no hospital, o que é proibido já que o programa do qual eles participam é para atendimento ambulatorial”, relatou.
Em contato com a secretaria de saúde de Girau do Ponciano, Aruska Magalhães, ela informou que o salário de alguns servidores que recebem pela Caixa Econômica Federal já foi depositado. “Estamos aguardando novos recursos entrarem para pegarmos os outros funcionários. Até o próximo do 20 deste mês, os salários serão todos pagos”, informou a responsável pela pasta.
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