Cidades

Governo aponta avanços e aposta em parceria com municípios para ampliar oferta da Educação Especial no Estado

17/10/2016
Governo aponta avanços e aposta em parceria com municípios para ampliar oferta da Educação Especial no Estado
Estado possui três escolas que são referência no atendimento às pessoas com deficiência visual e a alunos com deficiências múltiplas, onde se sobressaem muitas histórias bonitas de vida. Valdir Rocha e José Demétrio

Estado possui três escolas que são referência no atendimento às pessoas com deficiência visual e a alunos com deficiências múltiplas, onde se sobressaem muitas histórias bonitas de vida. Valdir Rocha e José Demétrio

Em um mundo onde se discute cada vez mais a necessidade de se promover a inclusão social de pessoas com deficiência, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), além de investir na melhoria dos espaços de atendimento especializado e na qualificação de profissionais, busca ampliar as discussões e parcerias para garantir uma assistência de qualidade para os estudantes com deficiência em todo o Estado.

Atualmente, a rede estadual dispõe de três Centros de Atendimento Especializado: o Cyro Accioly, com 40 anos de existência e referência no atendimento às pessoas com deficiência visual; o Centro Wandette Gomes de Castro, com 22 anos de atendimento a alunos com deficiência múltiplas, principalmente autistas, e o Centro de Atendimento à Pessoa com Surdez Joelina Cerqueira (CAS), que, em 10 anos de atuação, disponibiliza atendimento aos estudantes surdos e ainda oferece cursos gratuitos de Língua Brasileira de Sinais (Libras) a toda a comunidade duas vezes ao ano.

Qualidade em primeiro lugar

Mais que quantidade, os centros visam a garantia de uma assistência de qualidade às pessoas com deficiência, nas escolas e na sociedade. Por isto, os três também oferecem apoio aos familiares dos estudantes, formação para profissionais, principalmente professores, e cursos para a população em geral.

“Estes espaços desenvolvem um trabalho essencial na nossa sociedade, promovendo a inclusão de estudantes com deficiência e transformando a vida de seus frequentadores. A Seduc entende a importância destes centros, dando todo o apoio necessário aos mesmos”, avalia a secretária-executiva da Educação, Laura Souza.

Ampliação

Os três espaços, por sinal, receberam investimentos desta gestão, inclusive com reformas em suas instalações, possibilitando assim a ampliação da oferta. O CAS passou de 119 para 137 assistidos; o Cyro Accioly, de 120 para 143, e o Wandette de Castro, hoje atendendo 114 estudantes, ampliou seus serviços com inserção destes alunos no mercado de trabalho.
De acordo com o superintendente de Políticas Educacionais da Seduc, Ricardo Lisboa, a meta da Seduc é ampliar esta oferta e fortalecer as parcerias com todos os municípios alagoanos.
“Vamos oferecer, como uma assistência técnica para todos os municípios, a formação continuada. Nós temos uma supervisão de Educação Especial que, semanalmente, recebe um grupo de professores para fazer cursos de formação, além de formarmos professores temporários”, destacou o superintendente.

Histórias para contar

Com décadas de assistência aos alagoanos, os três centros somam inúmeras histórias de sucesso e superação, contadas por seus gestores, profissionais, estudantes assistidos e seus familiares.

A professora Jeane Mary da Graça é uma destas beneficiadas. Moradora do Pilar, a educadora tem um filho de 9 anos surdo que é atendido pelo CAS e ajuda a trazer outras famílias de seu município para a instituição. “Aqui é uma segunda casa para mim, pois aqui encontrei a paz que precisava e aprendi a lidar com a surdez”, relatou.

Frequentadora do Cyro Accioly desde 1977, Marilene Augustinho, que já nasceu com a deficiência visual, fala da importância do trabalho do Centro em sua vida. “O Centro Ciro Accioly é a casa de todo o deficiente visual, pois temos uma boa reabilitação, aprendendo desde as primeiras letras do Braille até a mobilidade, o que nos dá autonomia”, declarou.
Para Mauriceia Ferreira da Silva e Mirian Monteiro, mães de estudantes atendidos pelo Centro Wandette Gomes de Castro, o espaço é um segundo lar.
“Meu filho é uma criança inclusa graças ao trabalho diferenciado desta equipe, que também cuida de nós, familiares”, afirmou. “O Wandette mudou a vida de meu filho e a minha também. Aqui recebemos o apoio necessário e ele teve muitos avanços graças a este trabalho”, reconheceu Mirian.