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Em 515 anos de história, rio São Francisco beneficia Sertão e Litoral

04/10/2016
Em 515 anos de história, rio São Francisco beneficia Sertão e Litoral

Para os indígenas, antes de ser descoberto pelos portugueses, ele era o Opará ou Pirapitinga. Mas, há 515 anos, completados nesta terça-feira (4), recebeu o nome do santo protetor dos animais e do meio ambiente. Trata-se do rio São Francisco, considerado o segundo maior rio do Brasil, perdendo apenas para o Amazonas.

 

Sua nascente fica na Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, em Minas Gerais. Do seu berço, ele percorre cerca de 2.700 quilômetros até chegar a sua foz, no município de Piaçabuçu, em Alagoas, para então desaguar no Oceano Atlântico.

 

Também é conhecido como o rio da integração nacional, por aproximar o Sertão do Litoral e unir homens e culturas. Além de Minas Gerais e Alagoas, banha os estados da Bahia, Pernambuco e Sergipe.

 

Apelidado carinhosamente pelos sertanejos de ‘Velho Chico’, ele é protagonista na vida de diversos brasileiros, levando desenvolvimento, destacando a história e a vida da população ribeirinha que tira o sustento das suas águas, além da grande procura por parte dos turistas.

 

Todo o Vale do São Francisco ocupa uma área aproximada de 620 mil km², incluindo 505 municípios e uma população de cerca de 18,2 milhões de pessoas.

 

Em Alagoas

 

As águas do Velho Chico no Estado contribuem para a irrigação da produção agrícola de milhares de agricultores beneficiados com programas de fomento à agricultura do Governo do Estado, movimentando a economia local. Além das centenas de famílias favorecidas com o Canal do Sertão, que conduz as águas do São Francisco para 42 municípios que sofrem com a falta de água. Quando concluída, a maior obra hídrica de Alagoas terá extensão de 250 quilômetros.

 

Por que São Francisco?

 

Em 4 de outubro de 1501, uma expedição de reconhecimento descia a costa brasileira, rente ao litoral, comandada por André Gonçalves e Américo Vespúcio e vinda do Cabo de São Roque.

 

O nome foi colocado em homenagem a São Francisco de Assis, santo festejado naquela data. A região da foz era habitada pelos índios Xacriabá, que o chamavam de Opará, o que significa algo como ‘rio-mar’.