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Brasil trará inovações para o Micsul 2018

24/10/2016
Brasil trará inovações para o Micsul 2018
O Brasil foi o país com maior índice de participação no Micsul 2016, com 90% de realização das reuniões previamente agendadas. (Foto: Divulgação Apex)

O Brasil foi o país com maior índice de participação no Micsul 2016, com 90% de realização das reuniões previamente agendadas. (Foto: Divulgação Apex)

A segunda edição do Mercado de Indústrias Culturais do Sul (Micsul) terminou na última quinta-feira (19), em Bogotá, na Colômbia, e os planos para a próxima edição, que será realizada em 2018 no Brasil, estão a todo vapor. Em reunião do Comitê Executivo do Micsul, o diretor do Departamento de Promoção Internacional do Ministério da Cultura (MinC), Adam Muniz, adiantou os planos e projetos que estão sendo discutidos para o evento.
O Micsul no Brasil será realizado em abril ou maio, em cidade a ser definida. “Iremos negociar com prefeituras, com o objetivo de atrair governos locais para a organização do evento. Nossa ideia é apresentar a cidade-sede já na primeira reunião do Comitê Executivo em 2017, prevista inicialmente para 16 e 17 de fevereiro, em Brasília”, informou Muniz. Segundo o diretor, a ideia é realizar três reuniões do Comitê no próximo ano.
Além dos seis setores incluídos na edição colombiana do Micsul (design, artes cênicas, música, animação e games, audiovisual e editorial), adiantou Muniz, a ideia é acrescentar outros, como gastronomia, artes visuais e patrimônio. “Vamos discutir com os demais países como contemplá-los”, afirmou.
Também está nos planos para 2018 a criação de pavilhões de cada país durante o evento e de um mídia center de grande porte, a exemplo do realizado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Outra proposta é a realização de um debate de alto nível sobre indústrias culturais, para o qual seriam convidados os ministros da Cultura dos países participantes.
Muniz adiantou, ainda, a proposta de montar, no Micsul do Brasil, uma sala de “coworking”, para que os empresários possam dar continuidade às discussões realizadas nas rodas de conversa e demais eventos de networking. “Muitas vezes, o tempo das rodas não é suficiente. Nossa ideia é que os empreendedores tenham um lugar com internet, datashow e toda a infraestrutura necessária para a realização de negócios”, informou.
Outros planos incluem a possibilidade de apoio por empresas privadas, via Lei Rouanet, e a abertura ao público de todas as atividades do Micsul, sobretudo os showcases de música, dança e teatro. “Queremos que a população tenha acesso de graça a esses eventos”, destacou.
Durante a reunião do Comitê Executivo do Micsul, a ministra da Cultura da Colômbia, Mariana Garcés Córdoba, agradeceu a participação de todos os países envolvidos e destacou que o evento superou as expectativas. “Estimávamos uma realização de 75% das reuniões agendadas e esse número chegou a 82% nos dois primeiros dias. Estamos realmente muito contentes”, afirmou. O Brasil foi o país com maior índice de participação, com 90%.
Dados preliminares mostram que, nos dois primeiros dias de reuniões (terça e quarta-feira), foram realizadas cerca de 2,4 mil reuniões e que, após contabilizados os números desta quinta-feira, deve-se chegar a cerca de 3 mil encontros entre empreendedores dos 10 países participantes (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela).
Mariana Garcés aproveitou a reunião para desejar boa sorte ao Brasil na realização do Micsul 2018. “Estou muito contente de saber que agora o evento segue para o Brasil. Após realizar a Copa do Mundo e as Olimpíadas, promover o Micsul será um passeio”, brincou a ministra.

Coletiva de imprensa

Após participar da reunião do Comitê Executivo, a ministra Mariana Garcés participou de uma coletiva de imprensa, acompanhada do secretário da Economia da Cultura do MinC, Cláudio Lins de Vasconcelos. O representante brasileiro parabenizou o governo colombiano pelo sucesso do evento. “Vocês colocaram uma responsabilidade muito grande para o Brasil”, afirmou Vasconcelos. “Gostaríamos de agradecer pela recepção calorosa que tivemos em todos os espaços. Estamos na obrigação de retribuir, no Brasil, tanto calor e gentileza”, afirmou.
Cláudio Vasconcelos destacou ainda que, com esta segunda edição (a primeira foi realizada em 2014, em Mar del Plata, na Argentina), o Micsul se consolidou como um importante evento para o desenvolvimento econômico das indústrias culturais sul-americanas. “Temos um continente aberto, diverso, que respira cultura, com vantagens competitivas importantes para a produção e difusão de bens culturais”, disse. “A indústria da cultura é limpa, não polui, não está sujeita à substituição do homem pela máquina, é intensiva em capital intelectual e é uma das melhores formas de rompermos a dependência histórica que temos com as commodities, que têm altos e baixos. Quando investimos em indústrias de capital intelectual, tomamos controle de nosso destinos e de nosso desenvolvimento econômico”, finalizou.