Política

Governo entrega casa em comunidade quilombola de Palmeira nessa sexta

08/09/2016
Governo entrega casa em comunidade quilombola de Palmeira nessa sexta
Solenidade de entrega prevista para esta sexta (9), às 14h, é de iniciativa do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego

Solenidade de entrega prevista para esta sexta (9), às 14h, é de iniciativa do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego

Os agricultores Gerson Paulino dos Santos, 72 anos, e Dominícia Maria dos Santos, 62 anos, estão perto de realizar o sonho da casa própria.

Eles serão os primeiros quilombolas do Povoado de Tabacaria em Palmeira dos Índios a receber a chave da nova morada construída pelo Plano Nacional de Habitação Rural (PNHR).

A solenidade de entrega prevista para esta sexta-feira (9), às 14h, é de iniciativa do Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e Emprego (Sete).

“A residência modelo é a primeira das cinquenta que serão edificadas em até doze meses”, explicou a superintendente de Relações do Trabalho e Emprego, Maria José da Silva, que recentemente vistoriou a obra com equipe da Sete.

O casal vai deixar o barraco de sapê onde residiu por 14 anos e passar para o novo lar de alvenaria. Um espaço com mais estrutura para abrigar a família dos fenômenos da natureza.

“Já enfrentei vários invernos nesse barraco. Quando a chuva caia, a lama entrava. Mas agora a situação vai ser diferente. A gente vai poder se proteger do sol e do sereno”, lembrou Gerson.

Ele e dona Dominícia fazem questão de acompanhar de perto as fases da construção, observando o pedreiro a mexer a massa como quem aguarda ansioso o final na obra.

“Sempre acreditei que um dia iria conseguir minha casa própria. Por isso, todo dia venho olhar a construção. É um sonho que vou realizar com fé em Deus”, declarou a agricultora.

A felicidade do casal não é diferente do sentimento vivido pela arquiteta Nina Magalhães, responsável técnica da obra. Integrante do Instituto Habitar, organização não-governamental (ONG) executora do projeto, ela externa sua satisfação definindo o caminho que escolheu ao abraçar a profissão.

“Se estudei numa universidade, não foi para conceber casa para rico morar. Foi para construir para pessoas que tem necessidade de fato de uma habitação. Para mim é uma realização e espero continuar fazendo isso”, concluiu.