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Douglas encanta Jorginho, ganha espaço e prepara adeus a comunidade
A derrota para o Vila Nova em São Januário diminuiu a paciência da torcida e acentuou o momento vivido pelo Vasco, mas também houve boa notícia na partida. O volante Douglas Luiz, de 18 anos, fez sua estreia como titular e saiu de campo ovacionado pelos presentes nas arquibancadas – dos raros a receber tais mesuras.
Morador da comunidade de Nova Holanda, na zona norte do Rio de Janeiro, Douglas, há dois meses, chegou a deixar de ir a treinos do time sub-20 do Vasco devido a tiroteios perto de sua casa. Atentos a isso, o Vasco e o empresário do menino, Carlos Leite, providenciam a mudança do jogador. Seu contrato vai até junho de 2018 com o Cruz-Maltino.
Douglas foi relacionado pela primeira vez por Jorginho para o jogo contra o Luverdense, em julho, numa partida em que o treinador escalou diversos reservas e jovens da base. O volante não saiu do banco, mas nos treinamentos impressionou o técnico, que o manteve. Outro jovem convocado para aquela compromisso, Hugo Borges, voltou da viagem e entrou de férias com os juniores. Douglas permaneceu no elenco profissional.
– Vemos com muita alegria surgir o Douglas, com o gol que fez, personalidade com que jogou, mais até que o gol. Acertou os passes, chamou o jogo para ele. Estamos tentando de todas as formas encontrar soluções, mas nem sempre se consegue ter êxito. São oportunidades que aparecem. Estamos buscando jogadores que possam completar necessidades, e ele foi uma grata surpresa. Foi muito bom vê-lo jogar. É um jogador extremamente importante para a gente – elogiou Jorginho.
A estreia do volante foi contra o Tupi. Entrou no segundo tempo e deixou boa impressão. Sem poder contar com Andrezinho e Nenê, Jorginho deu chance para o menino diante do Vila Nova, e Douglas saiu de campo como dos poucos destaques da equipe. Distribuiu bons passes, desarmou e coroou a atuação com um golaço num chute de fora da área.
O curioso é que Douglas não era dos mais badalados nos juniores. Membro da famosa geração de 1998, que tem nomes como Evander, Mateus Pet, Alan Cardoso e Andrey, ele não subiu no início do ano, quando nove garotos foram promovidos. Ao longo de 2016, participou de um trabalho especial na base do clube, junto com Hugo Borges, Robinho e Paulo Vitor, até aproveitar a chance com Jorginho. Prova dos caminhos sinuosos do futebol.
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