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Gestantes devem realizar testes rápidos de sífilis e HIV para evitar transmissão para o bebê

04/08/2016
Gestantes devem realizar testes rápidos de sífilis e HIV para evitar transmissão para o bebê
Gestantes devem realizar testes rápidos de sífilis e HIV para evitar transmissão para o bebê. (Foto: Carla Cleto)

Gestantes devem realizar testes rápidos de sífilis e HIV para evitar transmissão para o bebê. (Foto: Carla Cleto)

Com o aumento no número de mulheres diagnosticadas com o vírus HIV e sífilis em Alagoas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) orienta sobre a importância da realização do teste rápido durante a gravidez. O teste é realizado nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e pode prevenir o contágio do bebê pela gestante, a chamada transmissão vertical, no momento do parto.

 

“O exame é realizado a partir da coleta de uma gota de sangue, coletada da ponta do dedo, sendo o resultado revelado em menos de 30 minutos”, explicou a coordenadora do Programa de Combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e AIDS da Sesau, Mona Lisa Santos.

 

A coordenadora destacou que é importante que as grávidas realizem o teste rápido também para a sífilis. Isso porque, caso seja detectado que a gestante está infectada, a transmissão vertical do vírus, que é o contágio do recém-nascido pela gestante infectada, pode ser evitada.

 

“Com a detecção, o tratamento da sífilis será realizado na própria unidade e, na eventualidade da detecção do vírus HIV, haverá o encaminhamento para as unidades de referência, que em Alagoas são o Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA), PAM Salgadinho e Hospital Universitário (HU)”, destacou.

 

O teste está disponível em Alagoas em 91 municípios e em 579 Unidades Básicas de Saúde. Mona Lisa ressaltou que, sem o tratamento, as chances de contágio da criança pelo vírus HIV são de 25%. “O diagnóstico precoce é imprescindível para que a mãe inicie o uso da medicação. Com o tratamento, as chances de contágio ficam abaixo de 1%”, reforçou a coordenadora.

 

Mulheres infectadas

De acordo com dados do Programa de Combate às DSTs e AIDS da Sesau, em 2015 foram registrados 91 casos de mulheres gestantes com o vírus HIV em Alagoas e, este ano, no período de janeiro a maio, foram notificadas 44 crianças expostas à transmissão vertical. 

“O número de mulheres infectadas vem aumentando em Alagoas e passou de uma proporção de 15 homens para cada mulher, para dois homens para cada mulher. Por isso é essencial que as mulheres procurem as unidades de saúde e realizem os exames pré-natais, garantindo um futuro sadio para seus filhos”, destacou Mona Lisa.