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Emater e Embrapa estabelecem parceria para transferência de tecnologias

19/08/2016
Emater e Embrapa estabelecem parceria para transferência de tecnologias
Foram definidas estratégias para dinamizar cultura do coco na região.(Fotos: Divulgação e Vinícius Rocha)

Foram definidas estratégias para dinamizar cultura do coco na região.(Fotos: Divulgação e Vinícius Rocha)

O Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas (Emater-AL) iniciou nesta quinta-feira (17) parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Tabuleiro dos Costeiros, que tem sede em Sergipe, para transferência de tecnologia de projetos da cadeia produtiva do coco e de Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

 

 

O início do projeto foi marcado pela reunião de estruturação da parceria, que definiu as estratégias de trabalho. Os técnicos extensionsitas da Emater-AL serão capacitados para serem agentes multiplicadores das duas tecnologias. Além disso, serão instaladas Unidades de Referência Tecnológicas (URTs) e foram marcados dias de campo, para demonstração das técnicas usadas nas atividades.

 

 

O diretor-presidente da Emater-AL, Carlos Dias, destaca a parceria como instrumento para fortalecimento das cadeias produtivas. “A Emater vai ser a entidade recebedora e que replicará essa tecnologia. Esperamos prestar um serviço de qualidade, já que há um grande potencial envolvido, tanto para a cadeia do coco, quanto para as transformações que ocorrem no ambiente ao se aplicar a integração lavoura floresta”, salienta.

 

 

Segundo Carlos Dias, as duas tecnologias, mas principalmente a ILPF, tem ligação ao Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, trabalhado pela Emater e pela Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri) e que visa à diminuição de poluentes por meio da agricultura.

 

 

De acordo com o pesquisador da Embrapa Tabuleiro dos Costeiros, José Henrique Rangel, a proposta de transferência de tecnologia na cadeia produtiva do coco e do ILPF são resultados de pesquisa desenvolvida pela Embrapa ao longo dos últimos anos e se apresenta como um projeto de melhoria de renda, ambiental e social.

“São tecnologias semelhantes, que utilizam de controle de praga, controle de doenças, sistema de plantio, preparo de solo e dá uma sobrevivência maior ao coqueiral e sustentabilidade aos ecossistemas. São várias tecnologias dentro de uma só, que precisa de adaptações para diferentes locais, mas que, ao fim do processo, garante aumento de produtividade”, assegura o pesquisador. 

 

Entenda as tecnologias 

Integração Pecuária Lavoura Floresta:  A ILPF tem como grande objetivo a mudança do sistema de uso da terra, fundamentando-se na integração dos componentes do sistema produtivo, visando atingir patamares cada vez mais elevados de qualidade do produto, qualidade ambiental e competitividade. 

 

A ILPF se apresenta como uma estratégia para maximizar efeitos desejáveis no ambiente, aliando o aumento da produtividade com a conservação de recursos naturais no processo de intensificação de uso das áreas já desmatadas no Brasil.

 

A ILPF busca integrar sistemas de produção de alimentos, fibras, energia e produtos madeireiros e não madeireiros, realizados na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotação, para otimizar os ciclos biológicos de plantas e animais, insumos e seus respectivos resíduos.

 

Cadeia do coco: A cadeia produtiva do coco incluindo os segmentos agrícola e industrial gera receita e renda além de propiciar uma quantidade significativa de empregos. Com uma produção de aproximadamente 2 bilhões de frutos por ano, o Brasil se posiciona como o quarto maior produtor mundial de coco e o primeiro de água de coco, sendo o coqueiro a quarta fruteira perene mais plantada no país com área de aproximadamente 257 mil hectares.

  

Apesar do interessante panorama mundial e nacional, observa-se nos últimos dez anos uma estagnação da produtividade e da expansão de áreas de cultivo no País, especialmente na região Nordeste. Neste contexto, tem-se como objetivo geral “Identificar e validar demandas, construir e intercambiar conhecimentos e transferir tecnologias já validadas aos diferentes segmentos da cadeia produtiva do coco”.