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Criador do WhatsApp diz que não tem dados que a Justiça brasileira deseja

03/05/2016
Criador do WhatsApp diz que não tem dados que a Justiça brasileira deseja
Segundo Jan Koum, a criptografia ponta-a-ponta faz com que a empresa não armazene as conversas. (Reprodução/Facebook)

Segundo Jan Koum, a criptografia ponta-a-ponta faz com que a empresa não armazene as conversas. (Reprodução/Facebook)

O criador do WhatsApp, Jan Koum, usou seu perfil no Facebook para explicar que a empresa não tem os dados que a Justiça brasileira deseja, e lamentou que milhões de brasileiros estejam sem o serviço, bloqueado por uma decisão judicial desde as 14h desta segunda-feira (2).

Segundo Koum, a criptografia ponta-a-ponta faz com que a empresa não armazene as conversas, e eles não pretendem mudar isso para prejudicar nosso 1 bilhão de usuários em todo o mundo.

“Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos por um tribunal que deseja que o WhatsApp entregue as informações que, repetidamente, afirmamos que não temos. Não só criptografamos as mensagens do WhatsApp para manter as informações seguras, mas nós também não mantemos o seu histórico de chat em nossos servidores. Quando você envia uma mensagem criptografada ponta-a-ponta, mais ninguém pode ler – nem mesmo nós. Enquanto nós estamos trabalhando para o WhatsApp voltar a funcionar o mais rapidamente possível, não temos a intenção de comprometer a segurança de nossos bilhões de usuários em todo o mundo”, escreveu Jan Koum.

Justiça mantém bloqueio e diz que WhatsApp “preferiu o caos”

A Justiça de Sergipe manteve o WhatsApp bloqueado em todo o Brasil, conforme determinação judicial da Comarca de Lagarto desde as 14h desta segunda-feira. O WhatsApp havia entrado com um recurso contra a decisão, mas o desembargador Cezário Siqueira Neto manteve o bloqueio. Em sua decisão, na madrugada desta terça-feira, ele ressaltou que o caso é mais do que a interceptação de “36 números de telefone de uma quadrilha”, mas o Judiciário brasileiro e a Polícia Federal não podem ficar nas mãos de uma empresa.

Além disso, o magistrado criticou o fato de o WhatsApp não ter procurado as autoridades brasileiras para conversar sobre o acesso aos dados, mas deixou o “caos” acontecer para pressionar a Justiça.

. Segundo Koum, a criptografia ponta-a-ponta faz com que a empresa não armazene as conversas, e eles não pretendem mudar isso para prejudicar nosso 1 bilhão de usuários em todo o mundo.

“Mais uma vez milhões de brasileiros inocentes estão sendo punidos por um tribunal que deseja que o WhatsApp entregue as informações que, repetidamente, afirmamos que não temos. Não só criptografamos as mensagens do WhatsApp para manter as informações seguras, mas nós também não mantemos o seu histórico de chat em nossos servidores. Quando você envia uma mensagem criptografada ponta-a-ponta, mais ninguém pode ler – nem mesmo nós. Enquanto nós estamos trabalhando para o WhatsApp voltar a funcionar o mais rapidamente possível, não temos a intenção de comprometer a segurança de nossos bilhões de usuários em todo o mundo”, escreveu Jan Koum.