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Casos clínicos representaram 71% dos atendimentos do HGE em março

11/04/2016
Casos clínicos representaram 71% dos atendimentos do HGE em março
No ano passado, o HGE registrou 1.915 atendimentos de casos clínicos nos fins de semana; em março deste ano foram 2.038 (Foto: Ascom/HGE)

No ano passado, o HGE registrou 1.915 atendimentos de casos clínicos nos fins de semana; em março deste ano foram 2.038 (Foto: Ascom/HGE)

Uma simples volta pelos corredores da área Azul do Hospital Geral do Estado (HGE) e a constatação da diversidade de problemas de saúde que não deveriam estar na unidade, classificada de alta complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Alagoas. A situação é confirmada por levantamento feito pelo serviço estatístico do HGE, que aponta que os casos clínicos representaram 71% dos atendimentos em março deste ano.

Sentada na sala de espera, logo na entrada, está Marinalva das Dores, 55 anos. Ela se queixa de tosse, febre e cansaço. Tem muito medo da gripe H1N1 e aguarda atendimento. Já na observação masculina, o jovem Luiz Bertonino, 25 anos, é medicado para a pressão arterial. Ele passou mal no trabalho e foi trazido para o hospital.

 

Dentro da unidade, Cláudio Bittencourt, 65 anos, já está internado, ele fará um procedimento cirúrgico com o cirurgião vascular, devido a uma topada que machucou o seu pé direito. Diabético, ele descobre a doença já dentro do HGE.

Os problemas de saúde podem ser diferentes, mas há uma semelhança que os identificam: os três pacientes procuraram o HGE, elevando a demanda por atendimentos clínicos em uma unidade de saúde destinada a casos de maior gravidade. E esta demanda vem aumentando. Para ter ideia, em março do ano passado, a unidade hospitalar realizou 1.915 atendimentos durante os fins de semana. Em março de 2016, foram 2.038.

Pacientes como Marinalva, Luiz e Cláudio poderiam resolver suas questões nos postos de saúde, nos ambulatórios 24h do Estado ou nas UPAS. Por desconhecimento ou comodidade, a população insiste em procurar o Hospital Geral, unidade referência em urgência e emergência.

Além dos casos clínicos, que sempre lideram a demanda, a unidade também realiza assistência especializada às vítimas de agressão por armas branca e de fogo, queimaduras, estupros, afogamentos, tentativa de suicídio e acidentes de trânsito, casual e de trabalho.

 

Assistência –Verônica Omena, diretora do HGE, afirma que a emergência conta com uma equipe completa em plantão nas mais diversas especialidades médicas, entre elas, cirurgia geral, clínica, neurocirurgia e cirurgias vascular, pediátrica e bucomaxilofacial.

“Garantimos agilidade e eficiência na assistência aos pacientes, principalmente os casos graves, que fazem parte do perfil de atendimento do hospital geral. Nossa missão é afastar o risco de morte. Para isso, a área vermelha está equipada com todo o material necessário ao primeiro atendimento dos pacientes da emergência”, enfatizou a diretora.

Conscientização – Segundo Suely Suruagy, supervisora-médica do HGE, a demanda excessiva por clínica médica reflete a fragilidade da atenção básica, que tem como incumbência a prevenção e tratamento das doenças crônicas.

“A população também precisa fazer a sua parte, se conscientizar que a medicina preventiva é o melhor para a manutenção da saúde. Consultas e exames devem ser periódicos e são realizados nas unidades da capital e do interior. O Hospital Geral só deve ser acionado quando houver uma urgência ou emergência de maior gravidade, pois as de menor complexidade podem ser resolvidas nos pronto-atendimentos dos municípios”, reforçou.

Atendimento – Em Maceió, cada bairro possui um posto de saúde referência para a região, que funciona como pronto-atendimento todos os dias, das 8h às 17h. São eles: Unidade de Saúde Prof. Osvaldo Brandão Vilela (Ponta da Terra); Roland Simon (Vergel do Lago); unidade da Pitanguinha; João Paulo II (Jacintinho); PAM Bebedouro; Aliomar Lins (Benedito Bentes) e Ib Gatto (Tabuleiro do Martins).