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Assassino do cartunista Glauco, Cadu morre em presídio de Goiás

04/04/2016
Assassino do cartunista Glauco, Cadu morre em presídio de Goiás
Cadu morre dentro de presídio em Goiás (Foto: Reprodução/Fantástico)

Cadu morre dentro de presídio em Goiás (Foto: Reprodução/Fantástico)

Assassino confesso do cartunista Glauco e do filho dele, Carlos Eduardo Sundfeld Nunes, conhecido como Cadu, de 30 anos, morreu na manhã desta segunda-feira (4) no Núcleo de Custódia, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital.

A Secretaria de Segurança Pública de Goiás (SSP-GO) não informou a causa da morte até a publicação desta reportagem.

G1 tenta contato com os familiares e advogados de Cadu, mas as ligações não foram atendidas.

Cadu estava detido no local desde 1ª de setembro de 2014, um ano depois de ser liberado pela Justiça para conviver em sociedade. Ele havia sido submetido a internação em clínica psiquiátrica pela morte de Glauco Vilas Boas e do filho dele, Raoni Vilas Boas, em Osasco, em 2010.

A prisão ocorreu após ele matar duas pessoas na capital, em agosto de 2014,  crimes pelos quais jovem foi condenado a 61 anos de prisão. As vítimas são o agente prisional Marcos Vinícius Lemes da Abadia, 45 anos, e o estudante de direito Mateus Pinheiro de Morais, 21 anos. Eles morreram durante assaltos.

 

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes é suspeito de matar Mateus Pinheiro de Morais em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Carlos Eduardo Sundfeld Nunes é suspeito de matar Mateus Pinheiro de Morais em Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

Duplo homicídio

Cadu foi preso pela primeira vez em 2010, quando confessou ter matado o cartunista Glauco e o filho dele, no dia 12 de março, no sítio onde a vítima morava, em Osasco (SP). Ele invadiu a propriedade e atirou contra as vítimas.

O acusado frequentava a Igreja Céu de Maria, fundada por Glauco, que segue a doutrina religiosa do Santo Daime. No dia do crime, o homem estaria sob efeito de maconha e haxixe.

Cadu também foi acusado de três tentativas de homicídio contra agentes federais, roubo, porte de arma com numeração raspada e tortura. Preso na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu (PR), ao tentar fugir para o Paraguai, acabou indo para o Complexo Médico Penal do Paraná e, depois, transferido para Goiânia, onde ficou internado em uma clínica psquiátrica e teve alta em 2013.

Latrocínios em Goiânia

O agente prisional foi baleado no dia 28 de agosto de 2014 e morreu após ficar quase um mês internado. Câmeras de segurança flagraram o momento em que ele reage a um assalto e luta com Cadu, que atira na cabeça do servidor e foge com a ajuda de um comparsa.

Sobre essa acusação, Cadu alegou aos psiquiatras que atirou porque a vítima reagiu. “Você não viu o que ele fez? Ele meteu a mão no meu revólver. Aí já dei dois tiros”, afirmou na época.

Já em relação à morte do estudante de direito Mateus Pinheiro de Morais, de 21 anos, ocorrido em 31 de agosto de 2014, Cadu não explicou em depoimento porque atirou mesmo após a vítima não reagir. O jovem foi baleado quando deixava a namorada em casa, na Rua T-29, no Setor Bueno.