Política

Vereadores de Palmeira manifestam apoio a professores do município por reajuste salarial

16/03/2016
Vereadores de Palmeira manifestam apoio a professores do município por reajuste salarial
A presidente do Sinteal, em Palmeira dos Índios, Helenice Alves, pede, em nome da categoria, que Pr

A presidente do Sinteal, em Palmeira dos Índios, Helenice Alves (Foto: Arquivo Pessoal)

Vereadores de Palmeira dos Índios manifestaram apoio aos professores do município durante a sessão realizada hoje (16) pela manhã, na Câmara, e repudiaram o Projeto de Lei da Secretaria Municipal de Educação que incide sobre as gratificações dos diretores, vice-diretores e coordenadores educacionais, e exclui os professores de também receberem reajuste salarial.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), em Palmeira Índios, se o Projeto for aprovado, os diretores terão gratificação de 100%  em cima de seus vencimentos, os vice-diretores 80% e os coordenadores 70%, provocando um impacto de cerca de R$ 45 mil na folha salarial da Educação do município.

Com isso, o Sinteal pediu aos vereadores para que seja incorporado ao Projeto, que vai ser votado pela Câmara, um reajuste salarial de 11, 36% para os professores, para que eles também sejam contemplados da mesma forma que os servidores da área que possuem cargos mais elevados.  “Isso está dividindo a categoria. Não queremos que a gratificação seja vetada, mas os professores também merecem reajuste salarial. O município paga acima do piso, sabemos disso, mas queremos que as gratificações, ou reajustes, beneficiem a todos. Sou professora com muito orgulho, e tenho certeza de que se uma professora sair para uma reunião, por exemplo, vai fazer muito mais falta em sala de aula do que um diretor. Então, por que só eles merecem a gratificação?”, indagou a presidente do Sindicato, Helenice Lopes.

Helenice falou, ainda, que existem rumores de que o Sindicato teria dito que o prefeito James Ribeiro tem perseguido a categoria, mas que isso não corresponde à verdade. “Em nenhum momento conversamos com o prefeito sobre este assunto, mas com o secretário de Educação Luiz Lobo. O secretário nos disse que se fosse para dar aumento salarial daria aos diretores, porque eles são muito mais importantes do que os professores, e que só vai conversar com a gente sobre isso depois do dia 15 de abril”.

E continuou: “A pressão vem mesmo por parte do Secretário Luiz Lobo. Municípios de todo o Brasil fizeram três dias de paralisação contra a privatização de escolas públicas e contra a reforma da previdência, mas nós, aqui em Palmeira, pudemos fazer apenas um dia de paralisação, ou teríamos os salários cortados em 25%”, completou Helenice Lopes.

O vereador Agenor Leôncio (PR), disse que é preciso repensar o Projeto de Lei e que dará total apoio aos professores para que tenham seus direitos garantidos e reconhecidos. Ele fez duras críticas ao secretário Luiz Lobo. “O secretário está tendo uma postura muito autoritária. Os salários e a greve é um direito do trabalhador. E ele ainda quer ser candidato a prefeito. Se realmente for, vamos derrota-lo nas urnas”, ressaltou.

O secretário municipal de Educação, Luiz Lobo, explicou que a gratificação a ser concedida a diretores, vice-diretores e coordenadores educacionais dizem respeito à função administrativa que cada profissional exerce. “Um professor não tem a mesma função administrativa que um diretor, por exemplo, que responde por uma escola com mais de mil alunos, e que está envolvido com 40 ou 50 salas de aula. Está havendo uma confusão, nesse ponto. Estamos procurando ser justos. Já mostramos o quanto o professor é importante e como valorizamos os nossos profissionais. Vou fazer um estudo de impacto da folha salarial dos professores e apresentar ao prefeito James. Não sou dono de nada, eu apenas fui designado pelo prefeito para ser secretário e exercer uma função. Se não houver liderança, as decisões não são tomadas. Mas para isso as coisas não são feitas de maneira ditatoriais. Se houver recursos, daremos o aumento. Se não houver recursos, não daremos”, finalizou o secretário.