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Migrações: União Europeia registrou 800 mil “entradas ilegais” em 2015

04/11/2015
Migrações: União Europeia registrou 800 mil “entradas ilegais” em 2015
Arquivo Agência Brasil

Arquivo Agência Brasil

O diretor executivo da Frontex (a agência europeia de controle de fronteiras), Fabrice Leggeri, informou, em entrevista publicada hoje (4) pelo jornal alemão Bild, que foram registradas este ano 800 mil “entradas ilegais” de migrantes na União Europeia (UE).

Lembrando que o fluxo provavelmente ainda não “atingiu o pico”, Leggeri apelou aos países europeus que impeçam a entrada dos migrantes a quem foi negado asilo, para que possam “rapidamente” ser enviados de volta aos seus países.

“Os Estados-Membros da UE têm de se preparar para o fato de ainda termos de enfrentar uma situação muito difícil nos próximos meses”, acrescentou o diretor.

No mês passado, a Frontex informou que 710 mil migrantes tinham entrado na União Europeia nos primeiros nove meses do ano, mas alertou para o fato de muitas pessoas terem sido contabilizadas duas vezes. A agência lembrou que a passagem irregular pelas fronteiras pode ser tentada pela mesma pessoa várias vezes.

“Isso significa que um grande número de pessoas que foram notificadas quando chegaram à Grécia foram novamente contabilizadas quando entraram na UE pela segunda vez, por meio da Hungria ou da Croácia”, explicou a agência.

De acordo com os dados mais recentes da Agência da ONU para os Refugiados, mais de 744 mil cruzaram o Mediterrâneo este ano, a maioria em direção à Grécia.

Nesta quarta-feira, o governo grego fez a primeira redistribuição de um grupo de 30 refugiados sírios e iraquianos, que partiram do Aeroporto Internacional de Eleftheros Venizelos, em Atenas, para Luxemburgo.

As seis famílias, quatro sírias e duas iraquianas, entre as quais há menores portadores de deficiência, embarcaram em um voo da companhia Aegean com destino a Bruxelas, de onde seguirão de ônibus para Luxemburgo.

O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, participou de rápida cerimônia no aeroporto, juntamente com o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, o comissário e o ministro grego para a Imigração, Dimitris Avramopulos e Yanis Muzalas, respectivamente, e o titular da pasta dos Negócios Estrangeiros de Luxemburgo, Jean Asselborn.