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Instituições debatem políticas sobre drogas em Alagoas durante audiência pública
Com o objetivo de debater a consolidação das políticas sobre drogas em Alagoas, a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) apresentou, nesta segunda-feira (14), os resultados obtidos por meio do programa Rede Acolhe. Promovida pela Assembleia Legislativa
do Estado (ALE), a audiência pública foi marcada por depoimentos emocionantes de superação por parte de dependentes químicos.
O encontro foi iniciado com uma explanação do deputado estadual Ricardo Nezinho, que propôs a audiência. Segundo o parlamentar, o objetivo é fazer com que todas as instituições compreendam que é preciso trabalhar com políticas públicas eficazes para combater a dependência das drogas.“Temos que nos unir em prol dessas políticas, pois um jogador pode vencer uma partida, mas uma equipe pode ganhar o campeonato”, enfatizou.
O titular da Seprev, Jardel Aderico, participou da audiência e utilizou a tribuna da ALE para fazer uma explanação sobre os programas do Governo de Alagoas voltados para o acolhimento de dependentes químicos. Na avaliação do secretário, as políticas públicas implantadas em Alagoas estão entre os principais avanços sobre o tema no País.
“O governador Renan Filho nos incumbiu de implantar e fortalecer a Rede de Acolhimento a adolescentes e adultos que vivem em situação de vulnerabilidade social decorrente do uso de drogas, oferecendo oportunidade de reorganização de vida, proporcionando a diminuição das desigualdades sociais e contribuindo para a diminuição da violência”, destacou Aderico.
Rede Acolhe
Conhecidas como comunidades acolhedoras, as instituições que prestam atendimento aos dependentes químicos são credenciadas pelo Governo do Estado por meio de edital e atendem exigências em relação à qualidade de infraestrutura, higiene e funcionamento administrativo.
Para ter acesso à assistência nessas instituições, o usuário deve procurar um Centro de Acolhimento ou pode ser encaminhado por uma equipe
dos Anjos da Paz.
Este trabalho é feito por meio da Rede Acolhe e já registrou mais de 15 mil atendimentos desde que foi lançado, há quatro anos. Atualmente, a atividade assistencial vem sendo desenvolvido com 830 alagoanos em 36 instituições credenciadas para o tratamento gratuito dos dependentes em diversas regiões do Estado.
Para o presidente do Projeto Sarar, pastor Lindonjonson de Almeida, o trabalho feito em parceria com a Rede Acolhe é muito bem feito e vem garantindo resultados positivos na vida de muitos dependentes químicos.
“Exatamente por isso que este trabalho deve se tornar uma política
pública, não apenas de Governo, mas de Estado. Esperamos que a Rede Acolhe tenha uma permanente continuidade e que traga ainda mais resultados eficazes”, enfatizou.
A audiência foi acompanhada por diversos representantes da sociedade civil e de pessoas que já foram usuárias de drogas. Entre eles, estava o ex-dependente químico Marcos Antonio Pereira, que conseguiu abandonar o vício após ser assistido por uma das instituições credenciadas pelo Governo do Estado na Rede Acolhe.
Marcos Antônio revelou que foi graças ao programa que conseguiu “sair do fundo do poço” e reerguer sua vida. “Eu era uma das promessas do atletismo e tive todas as oportunidades nessa vida, mas deixei tudo escapar por conta das drogas, me vi no fundo do poço, sem amigos e sem família. Foi quando procurei o apoio da Comunidade Mãos de Alagoas, que me ajudou a dar a
volta por cima”, declarou.
Ao final do encontro, o secretário Jardel Aderico reafirmou o empenho de toda a equipe da Seprev e do Governo de Alagoas para ampliar essa assistência aos dependentes químicos, que é feita de forma totalmente gratuita. “Iremos até o final do ano viabilizar 800 novas vagas para acolhimento a essas pessoas que se encontram dependentes de drogas”, garantiu.
Participaram ainda da audiência pública o presidente do Tribunal de Contas de Alagoas, Otávio Lessa; o Procurador-Geral do Estado, Francisco Malaquias Júnior; a Controladora-Geral do Estado, Clara Bugarim; o Procurador-Geral do Ministério Público de Contas de Alagoas, Rafael Alcântara; o secretário de Estado do Planejamento e Gestão, Christian Teixeira; e a secretária-adjunta de Saúde, Rosemeire Rodrigues.
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