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Médicos do PAM Salgadinho de AL entram em greve por falta de estrutura

03/08/2015
Médicos do PAM Salgadinho de AL entram em greve por falta de estrutura

 

Médicos dizem que teto corre risco de desabar (Foto: Ascom/Sindicato dos Médicos)

Médicos dizem que teto corre risco de desabar
(Foto: Ascom/Sindicato dos Médicos)

70 médicos do Posto de Atendimento Médico do Salgadinho (PAM Salgadinho) entraram em greve hoje (3). A paralisação se deve a falta de estrutura na unidade de saúde, localizada no bairro do Poço, em Maceió.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL), Welligton Galvão, o atendimento na unidade de saúde está suspenso e apenas a distribuição de ficha terá o funcionamento normal.
“Hoje não vai ter atendimento no posto. Estamos marcando uma assembleia para esta noite que vai decidir como vai ser o atendimento a partir de amanhã, para manter os 30% de serviços exigidos por lei”, disse.
Entretanto, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), por meio da assessoria de comunicação, não confirmou a informação e disse que o atendimento médico vai ser realizado normalmente nesta segunda na unidade de saúde. Ainda segundo a assessoria do órgão, houve uma assembleia semana passada que reuniu 130 médicos. e que apenas 26 aderiram à paralisação.
Sobre a situação estrutural do PAM, a assessoria informou que o prédio pertence ao Ministério da Saúde, portanto o município não tem como realizar uma reforma, apenas reparar ajustes. Uma reforma só poderá ser realizada quando sair o processo de licitação.
Ainda segundo Galvão, o posto não deveria funcionar desde 2012, quando foi emitido um relatório pela Vigilância Sanitária municipal apontando diversos problemas. “O teto corre risco de desabar a qualquer momento e ninguém faz nada. Estamos protestando por falta de estrutura no local e não por reajuste salarial”, reclama Galvão.
Quando o relatório foi emitido, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) reconheceu, por meio de nota a imprensa, as deficiências na estrutura física do prédio, mas diz que elas ainda não foram sanadas por causa da morosidade em questões legais que envolvem o serviço público no país.
O relatório da Vigilância Sanitária foi apresentado no último dia 16 pelo Sinmed. Ele expôs diversos problemas enfrentados pelo maior posto de saúde da rede municipal. O mobiliário é da década de 1930, faltam extintores, o lixo fica aberto, além do teto que corre risco de desabar.
Ainda segundo o Sinmed, no local, já ocorreu o desabamento do teto da sala de pequenas cirurgias, que foi desativada e nunca voltou a funcionar, e dois incêndios. Em vários blocos, o piso está afundando. Com as últimas chuvas, a situação ficou pior e os médicos temem que partes do prédio desabem.
Em junho de 2014, a entidade encaminhou um relatório com as denúncias dos problemas enfrentados pela unidade ao Ministério Público Estadual (MP-AL), além de ofícios ao Corpo de Bombeiros Militar, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Alagoas (Crea-AL) e Defesa Civil, solicitando vistoria do prédio para avaliação de riscos.
Segundo o sindicato, houve resposta apenas por parte do Crea, que alegou que somente fiscaliza obras.