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Técnicos do Sistema Prisional e Unidades de Internação recebem capacitação sobre DSTs

19/03/2015
Técnicos do Sistema Prisional e Unidades de Internação recebem capacitação sobre DSTs
Simone Mazzoni lembra das ferramentas de combate às doenças sexualmente transmissíveis. (Foto: Olival Santos)

Simone Mazzoni lembra das ferramentas de combate às doenças sexualmente transmissíveis. (Foto: Olival Santos)

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) capacitou os profissionais que atuam nos Sistemas Prisional e Socioeducativo do Estado sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids. A ação, que foi realizada nesta quarta-feira (18), na Escola de Magistratura do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), em Maceió, visa frear o aumento dos casos de infecções por DSTs entre os reeducandos e sócio educandos.
A capacitação, que reuniu 45 profissionais entre psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e técnicos de enfermagem, foi ministrada pela técnica do Programa Estadual de Combate às DSTs e Aids, Simone Mazonni. Ela explicou que a melhor forma de prevenir as Doenças Sexualmente Transmissíveis ainda é o uso de preservativo.
Simone Mazzoni destacou que a Sesau possui o projeto “Saúde Sempre a Mão”, que disponibiliza dispensers de camisinha em locais estratégicos da cidade. “O projeto Saúde Sempre à Mão representa um avanço no combate a Aids, pois disponibiliza os meios de prevenção diretamente à população sem intermediários”, ressaltou.
Durante a capacitação, a técnica do Programa Estadual de Combate às DSTs e Aids ressaltou que os Sistemas Prisional e Socioeducativo de Alagoas também recebem camisinhas. “Hoje, o grande problema dentro do sistema é o alto índice de infectados por sífilis, que supera inclusive o número de HIV positivos. Por isso, é necessário incentivar o uso do preservativo durante o ato sexual”, enfatizou.
Ela ressaltou que a sífilis é uma doença tratável e deve ser acompanhada pelos profissionais de saúde para garantir o êxito do tratamento, que deve incluir tanto o homem quanto a mulher. “O tratamento tem um custo baixo e pode impedir o surgimento de sequelas graves e ainda a transmissão vertical, que é o contágio do recém-nascido pela gestante infectada”, reforçou Simone Mazzoni.

Testes Rápidos – Ainda durante a capacitação foram repassadas orientações sobre os Testes Rápidos utilizados para a detecção do vírus HIV e da sífilis. De acordo com a técnica do Programa Estadual de Combate às DSTs e Aids, eles são disponibilizados gratuitamente e de forma sigilosa pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O exame é realizado a partir da coleta de uma gota de sangue da ponta do dedo e o resultado é revelado em menos de 30 minutos”, informou Simone Mazzoni. Ela lembrou que o diagnóstico precoce permite que o tratamento tenha um melhor resultado, impedindo a transmissão involuntária de DSTs graves, a exemplo da Aids.
De acordo com a diretora de saúde da medida sócio educativa, Polyana Cavalcante, o curso preparou os profissionais para identificar, cuidar e abordar corretamente os pacientes acometidos pelas DSTs. “Por se tratar de um assunto que mexe com a vida íntima dos pacientes, é necessária uma abordagem técnica e sensível por parte dos profissionais”, evidenciou a diretora.