Joaquim Levy aprovou medidas de austeridade aplicadas nos primeiros instantes do Governo Renan Filho. (Foto: Thiago Araújo)

O governador Renan Filho conversou, nesta terça-feira, 3, com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Além dele, o chefe do Executivo alagoano foi recebido por representantes da Secretaria do Tesouro Nacional e da Coordenação-Geral de Operações de Crédito dos Estados e Municípios.
A partir de breve histórico sobre os esforços adotados para alcançar o equilíbrio financeiro do Estado, Renan Filho registrou que está pessoalmente empenhado com esse movimento no âmbito estadual, revendo contratos, reduzindo gastos, com a gestão necessária para comprar o que precisa a preço justo.
Joaquim Levy concordou com o corte nos gastos públicos, como forma de auxiliar na criação de ambiente favorável à retomada do crescimento sustentável. Segundo ele, no momento em que a credibilidade do Brasil é questionada, é preciso dar resposta rápida e eficiente para dissolver dúvidas e formar uma base para continuar com o processo de desenvolvimento do país.
“Estamos trabalhando com essa retomada de credibilidade em um horizonte de três anos, de forma que esse primeiro é marcado por uma série de ajustes para conseguirmos tocar os principais projetos no período”, completou o ministro.
Na oportunidade, Levy antecipou os compromissos financeiros da Fazenda, que busca ajustes no Governo da ordem de R$ 117,8 bilhões. Segundo ele, mesmo com o forte dinamismo da economia brasileira, somente após o primeiro quadrimestre do ano, poderá ser reavaliado cenário de distribuição de recursos para os estados brasileiros. Mesmo diante do contexto, do ponto de vista de gestão fiscal, conforme apontou, Alagoas está mais organizado do que diversos estados brasileiros.
O secretário de Fazenda de Alagoas, George Santoro, incluiu na pauta a questão previdenciária do Estado e apresentou alguns caminhos possíveis para reduzir o déficit do AL Previdência. Também foram abordados escopo de projetos estruturados que estão sendo negociados com o Banco Mundial e BID.
O ministro da Fazenda demonstrou otimismo com a proposta, que funcionaria como uma solução para problemas a curto prazo, desonerando o Estado. Ele também pediu que sejam aprofundadas as iniciativas viabilizando futura análise de dados por parte de sua equipe.