Cidades

Governo estrutura Cadeia Produtiva Têxtil com geração de empregos

06/06/2014
Governo estrutura Cadeia Produtiva Têxtil com geração de empregos

Edimilda Marcolino, presidente da Associação das Costureiras de Olho d´Água das Flores, expõe um dos produtos da associação; ela afirma que com apoio da Desenvolve, fortalecimento da cadeia têxtil foi fundamental para o crescimento da atividade no Sertão (Fotos: Raul Plácido)

Edimilda Marcolino, presidente da Associação das Costureiras de Olho d´Água das Flores, expõe um dos produtos da associação; ela afirma que com apoio da Desenvolve, fortalecimento da cadeia têxtil foi fundamental para o crescimento da atividade no Sertão (Fotos: Raul Plácido)

  Com a inauguração, nesta sexta-feira (6), do polo de confecções de Delmiro Gouveia, o governo estrutura a Cadeia Produtiva Têxtil e Confecções (CPTC) – carro-chefe da criação de polos regionais do setor em 20 cidades alagoanas. O CPTC já está trazendo resultados, com o crescimento de emprego e renda nos municípios já beneficiados.
Nestes locais, a CPTC reforçou as ações do polo com a implantação de mais de 1.204 máquinas de costura em associações e cooperativas. Vinte e três cidades serão atendidas nas regiões do Sertão, Agreste, Zona da Mata e Litoral, com investimento de R$ 7,3 milhões, do fundo estadual de combate à pobreza (Fecoep).
Uma das contempladas foi a agente de saúde municipal Edimilda Marcolino da Silva, 40 anos, e presidente da Associação das Costureiras de Olho d´Água das Flores, no sertão alagoano.
“Desde 2004, há 10 anos, quando a gente criou a associação, tudo era devagar e muito solto, não tinha ninguém para nos ajudar. Eram apenas cinco máquinas de costura das antigas, com cadeira sem encosto, para dividir entre as associadas. Só em 2008, com a chegada do projeto de fortalecimento da cadeia têxtil e confecções é que nossa vida mudou totalmente. Ganhamos 12 máquinas de costura novinhas e modernas, e com o crédito da Desenvolve ainda vamos ter uma máquina de bordado e de pintura”, assinala Edimilda.
A agência de fomento do governo, a Desenvolve, está repassando para a associação entre R$ 30 e R$ 40 mil para as novas máquinas.
Hoje, são 16 costureiras associadas, divididas por turno de trabalho, com uma produção de 100 peças diárias, incluindo o fardamento de escolas municipais e estaduais, e um faturamento mensal de R$ 10 mil. Tirando as despesas, 50% do lucro são divididos entre as costureiras e o custeio.
“Nosso sonho é ter a nossa própria loja e confecções para pronta entrega. Eu ainda continuo como agente municipal de saúde, mas sempre lutei muito para ter o meu negócio. No começo, ainda 1998, em Campo Alegre, não tinha emprego e passei fome. Chegamos até mesmo a perder as esperanças, mas graças a Deus os projetos chegaram e os investimentos também e nós acreditamos em um futuro melhor”, completa Edimilda.

Investimentos

Desde o início do governo, a cadeia têxtil no Estado não para de crescer. Em 2007, as ações beneficiavam 945 costureiras, em 2013 passaram a ser 2.500 empreendedoras individuais. Na CPTC são ainda contempladas 245 empresas e associações, espalhadas por dois polos regionais, o de Murici (construído em 2011, com investimentos de R$ 1 milhão, que hoje emprega 200 pessoas), e o de Delmiro Gouveia, que teve investimento de R$ 2,6 milhões que será inaugurado.
Nos cursos de capacitação técnica, de design e gestão, em parceria do governo com o Sebrae, e a Federação da Indústria do Estado de Alagoas/FIEA, através do sindicato do setor (Sindivest), foram 1.550 alunos formados em atividades voltadas ao setor têxtil e confecções.
Outro resultado importante foi o crescimento do número de empresas sindicalizadas: um aumento de 340% (de 22 para 75) de empresas ligadas ao Sindivest.
“É uma felicidade entregar essas máquinas para as mais novas empreendedoras, pois é a pequena iniciativa que mais gera emprego e renda e que mais ajuda qualquer Estado ou Nação. O pequeno empreendedor quer avançar com o suor do seu trabalho e da sua criatividade, muitos crescem, geram empregos e não param nunca de sonhar”, afirmou o governador Teotonio Vilela.

POLO DE DELMIRO

O polo de Confecções Carlos Lyra, localizado na cidade de Delmiro Gouveia, inaugurado nesta sexta, teve sua viabilização coordenada pela Secretaria de Estado de Planejamento e Desenvolvimento Econômico (Seplande), com investimentos de R$ 3 milhões e vai gerar aproximadamente 350 empregos diretos.
“O setor de confecções vem recebendo atenção especial do Governo de Alagoas. A implantação do Polo de Delmiro Gouveia é mais uma prova disso, tendo em vista a grande quantidade de empregos gerados. Vamos dar oportunidade para que os pequenos negócios deste setor sejam desenvolvidos, mudando a realidade de dezenas de famílias”, ressaltou a secretária de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Poliana Santana.
Em uma área de 219 mil m², o Polo contará com sete galpões, sendo um deles destinado ao Senai, que implantará a Escola Luiz Otavio Gomes, onde serão ofertados  cursos técnicos direcionados ao segmento de confecção, como corte e costura e design de moda.
Outro galpão será destinado à Associação das Costureiras de Delmiro Gouveia, que confeccionará produtos para atender o mercado alagoano. Através de um convênio firmado pelo Governo de Alagoas, Fiea e Sebrae, 187 máquinas de costura serão doadas para a Prefeitura de Delmiro Gouveia, que fará a divisão para as empresas que se instalarão no Polo e a Associação das Costureiras do município.
Os municípios contemplados com a CPTC são Arapiraca, Boca da Mata, Cacimbinhas, Cajueiro, Capela, Coruripe, Delmiro Gouveia, Maceió, Mar Vermelho, Murici, Olho d’Água das Flores, Olho d’Água do Casado, Palmeira dos Índios, Pariconha, Paulo Jacinto, Piranhas, Porto Calvo, Santana do Ipanema, União dos Palmares, Viçosa, São Luís do Quitunde, Major Izidoro e Maravilha.