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Santa Mônica receberá apenas gestantes encaminhadas por maternidades de risco habitual

17/02/2014
Santa Mônica receberá apenas gestantes encaminhadas por maternidades de risco habitual

  Maternidade Escola Santa Monica  Apenas gestantes previamente triadas em maternidades de risco habitual poderão ser atendidas na Maternidade Escola Santa Mônica (MESM). O novo fluxo de funcionamento será iniciado nesta quarta-feira (19), em razão da segunda etapa da reforma da unidade, que irá suspender o atendimento na triagem, pré-parto e centro obstétrico.
Para isso, técnicos da Secretaria de Saúde do Estado e de Maceió, por meio da Rede Cegonha, elaboraram um Mapa de Vinculação para as Maternidades de Alagoas e um Protocolo de Classificação de Risco. Segundo os documentos, o atendimento na Santa Mônica ficará restrito às gestantes que entrarem em trabalho de parto prematuramente, com tempo de gestação inferior a 36 semanas.
O atendimento também será destinado, exclusivamente, às gestantes que apresentarem complicações hipertensivas e suspeita de pré-eclâmpsia, bem como, síndromes hemorrágicas. Ainda de acordo com o Protocolo de Classificação de Risco, só poderão ser transferidas para a Santa Mônica as gestantes que apresentarem anemia grave, infecção ovular, trombose venosa, crise aguda de asma, ou estejam politraumatizadas, com obesidade mórbida e cujos fetos apresentem malformação.
O atendimento na única maternidade pública do Estado para gestantes de alto risco irá ocorrer, no entanto, após pré-triagem em maternidades de risco habitual do interior e da capital. Sem esse procedimento e um encaminhamento realizado através da Central de Regulação (CORA), as gestantes não poderão ingressar na Santa Mônica, segundo explica a coordenadora da Rede Cegonha em Alagoas, Syrlene Patriota.
“Este novo fluxo de atendimento tem o objetivo de organizar a assistência obstétrica no Estado, evitando que a gestantes peregrinem sem necessidade e que tenhamos superlotação da Santa Mônica, que é a única maternidade pública do Estado para partos de alto risco. Por meio desta ação, estaremos assegurando o atendimento qualificado e humanizado às gestantes e evitando a mortalidade materna-infantil”, esclarece a coordenadora da Rede Cegonha em Alagoas.

Alerta – Syrlene Patriota alerta as gestantes para que, durante o pré-natal, procurem se informar sobre as maternidades que são referências para a região onde elas residem. Isso porque, ainda de acordo com a coordenadora da Rede Cegonha em Alagoas, as gestantes de alto risco só poderão migrar para a Santa Mônica com um encaminhamento na unidade de saúde do município de origem.
No caso de Maceió, no momento do parto, cinco maternidades devem ser previamente procuradas pelas gestantes, por se tratarem de risco habitual. Além da Nossa Senhora da Guia, no bairro Poço, estão habilitadas as maternidades Denilma Bulhões, no bairro Benedito Bentes; Santo Antônio, na Cambona; Nossa Senhora de Fátima, no Jaraguá; e Hospital do Açúcar, no bairro Farol.
Reforma da Santa Mônica – Com a obra de reforma da Santa Mônica, que foi iniciada em junho do ano passado, o número de leitos de UTI e UCI passará de 15 para 26. Segundo o projeto da obra, também está prevista a reforma da porta de entrada da unidade e a construção de um novo prédio, onde serão abrigadas as Casas de Parto e da Gestante.
Para isso, o Governo do Estado está investindo cerca de R$ 32 milhões, por meio do Programa Alagoas Tem Pressa. Para a execução da obra, que deve ser concluída dentro de um ano e meio, foi firmada uma parceria com o Governo Federal, que tem a contrapartida do Tesouro Estadual.