Geral

Livro Dom Lauthenay, um Quixote do Esporte Nacional será lançado na quinta-feira (7), no Arquivo Público, durante evento, em Jaraguá

05/11/2019
Livro Dom Lauthenay, um Quixote do Esporte Nacional será lançado na quinta-feira (7), no Arquivo Público, durante evento, em Jaraguá

Uma das atrações da próxima quinta-feira (7), na 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, a partir das 19 horas, no Arquivo Público, em Jaraguá, é a biografia do mais importante jornalista esportivo alagoano e curador do Museu dos Esportes Dida, Lauthenay Perdigão. O livro Dom Lauthenay, um Quixote do Esporte Nacional – vida, obra e luta do guardião da memória esportiva alagoana e brasileira foi escrito pelos jornalistas Mário Lima e Wellington Santos, com apoio da Imprensa Oficial Graciliano Ramos e da Secretaria de Estado da Comunicação (Secom).

Lauthenay, aos 85 anos, estará presente à festa da noite de autógrafos do livro, que, além da biografia, contém textos inéditos e escolhidos do veterano jornalista.

“Para retratar a luta de Lauthenay pela defesa da memória do esporte local e nacional, tentamos chamar atenção dos leitores logo no título do livro, ao relacionar a saga do mestre Lau com aquela considerada uma das maiores obras da literatura moderna e o segundo livro mais lido da História, o clássico Dom Quixote de La Mancha, do escritor espanhol Miguel de Cervantes”, destaca o jornalista Wellington Santos.

Nas 480 páginas do livro, é possível sentir as grandes dificuldades que enfrentou para manter o museu e superar os moinhos que faziam vento contrário. Já nos anos 2000, diante das dificuldades para manter seu acervo, garimpados ao longo de sua vida, ele teve que vender a peça mais importante de seu museu: a camisa 10 do rei Pelé, a mesma do gol antológico considerado o mais bonito de todas as Copas do Mundo, em 1958. Lauthenay ganhou a camisa de seu grande amigo Dida, que recebeu o valioso presente do próprio Pelé. Dida doou a camisa para o museu.

“Escrever sobre o mestre Lau, nosso Dom Lauthenay Perdigão, é contar uma história de lutas e glórias reais, paixão pela bola desde a juventude; começar como jogador de peladas, ser campeão juvenil pelo seu clube do coração, o CSA. Depois se transformar em jornalista esportivo, ser o maior pesquisador do futebol alagoano, escrever cinco livros, fundar um dos maiores museus da história do futebol de Alagoas e do Brasil, o Museu dos Esportes Dida – um herói nacional esquecido por ser reserva de Pelé, mas legítimo campeão mundial no primeiro título do Brasil, na Suécia, em 1958”, ressalta o jornalista e escritor Mário Lima.

O livro retrata ainda Lauthenay como formador dos maiores craques da imprensa esportiva alagoana, lançando talentos nos melhores programas da crônica esportiva e que hoje brilham no rádio das Alagoas, além de escrever a coluna mais longeva sobre futebol, na imprensa alagoana: os Arquivos Implacáveis.

A narrativa revela ao leitor também o trabalho social de Lauthenay para tirar os garotos da periferia de Maceió das drogas com a criação dos campeonatos de dente de leite, que durou décadas.

A obra tem o prefácio do professor, historiador e antropólogo Luiz Sávio de Almeida e apresentação do jornalista esportivo Jorge Souto de Moraes.