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Dólar tem queda de 0,57% e cai a R$ 4,14 em dia de realização de lucros
O dólar fechou a segunda-feira em queda de 0,57%, a R$ 4,1427. Após subir 4,30% na semana passada, na maior valorização semanal desde agosto do ano passado, operadores relatam que o dia foi marcado por realização de lucros e ajustes. Grandes investidores aproveitaram a queda do dólar no exterior, principalmente ante moedas fortes, e venderam a divisa americana aqui, embora ainda persista a cautela com os eventos na Bolívia, Hong Kong e os desdobramentos políticos da saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão.
Profissionais de câmbio observaram algumas entradas de dólar, mas a liquidez foi fraca no mercado por conta do feriado parcial nos Estados Unidos. O mercado de renda fixa fechou em Nova York, mas as bolsas operaram, embora com volume de negócios menor que a média. Aqui, o dólar movimentou apenas US$ 405 milhões no mercado à vista, um dos menores níveis das últimas semanas, e US$ 11,5 bilhões no mercado futuro, também abaixo da média diária (US$ 18 bilhões). O dólar para dezembro fechou em queda de 0,25%, a R$ 4,1580.
O economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics, William Jackson, afirma que ainda permanecem dúvidas sobre o impacto da saída de Lula da prisão. “É preciso ver se ele vai conseguir reagrupar a esquerda e ter algum impacto negativo na agenda econômica de Jair Bolsonaro”, disse ao Broadcast. Pelo lado positivo, Jackson ressalta que o governo atual tem mostrado empenho em avançar com as reformas, sobretudo as fiscais, e retomar o crescimento, o que pode ajudar para melhorar a percepção dos estrangeiros.
O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um termômetro do risco-país, caiu para 115,9 pontos, nesta segunda-feira, voltando para os menores níveis desde 2013.
“O câmbio teve um mercado morno, sem grandes notícias e ainda com muitas dúvidas sobre vários eventos”, disse o diretor de um banco, ressaltando que além dos países da América Latina permanecem dúvidas sobre os protestos em Hong Kong, que estão ficando mais violentos, e a questão comercial entre China e Estados Unidos. Lá fora, o dólar caiu ante moedas fortes e subiu ante emergentes, como México, Chile e Turquia.
Autor: Altamiro Silva Junior
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