Um projeto de pesquisa desenvolvido no Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Palmeira dos Índios, nos anos de 2016 e 2107, que trata sobre o efeito das características morfológicas e da idade no desempenho de jovens handebolistas rendeu dois trabalhos que foram submetidos e aprovados para apresentação no Congresso Nordestino de Esporte Coletivo (CONEC), realizado na cidade de Recife-PE, entre os dias 27 e 29 de setembro.

O projeto teve como orientador e coorientador, respectivamente, os professores de Educação Física do campus, Maurício Ricardy e Marcos André Rodrigues; colaboração da professora do Ifal Murici, Arlene Leão e dos bolsistas e alunos: Emerson Moreira (Engenharia Civil) e Klemerson Barros (estudante de Eletrotécnica à época).

Com os títulos: “Handebol masculino jovem: há influência de idade, massa corporal e estatura no ranking do campeonato mundial?” e “Correlação das características morfológicas e da idade no desempenho de jovens handebolistas do sexo feminino”, Maurício conta que os trabalhos são inéditos e surgiu do questionamento do grupo se existiriam correlações de características morfológicas com o resultado final das competições (Campeonatos Mundiais Juvenis de Handebol).

“O handebol é um esporte olímpico e de grande contato físico. Estudos verificados em vários países mostram que a idade, a massa corporal e a estatura são geralmente utilizados para selecionar atletas para a modalidade. Encontramos correlações em todas as nove edições estudadas dos campeonatos, mas não houve homogeneidade nessas associações, o que evidencia que não há uma certeza de que o evento vá acontecer em todas as edições da competição”, explica o docente.

Inicialmente o objetivo da pesquisa era fazer a coleta de dados com atletas de Alagoas, mas devido a alguns problemas e dificuldades com a coleta, o projeto foi adaptado e eles passaram a utilizar os dados dos Campeonatos Mundiais Juvenis, realizados pela Federação Internacional de Handebol. O trabalho repercute de maneira bastante positiva no meio acadêmico, devido à originalidade do tema e do problema abordado.

“A única pesquisa que existia anteriormente a esta foi com equipes adultas e também é de minha autoria. Os resultados corroboram com a prática existente em utilizar o tamanho corporal e a idade como características a serem observadas na hora de detectar um talento para o esporte. Nós sugerimos que novos estudos para dar sequência à pesquisa sejam feitos correlacionando as características por posição de jogo”, salienta Maurício, que atualmente encontra-se afastado do campus para realização de seu doutorado sobre treinamento para atletas amadores de corridas de rua.