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Um filho imortal

23/09/2019
Um filho imortal

Foi emocionante a posse do professor Celso Niskier na Academia Brasileira de Educação, entidade presidida por Carlos Alberto Serpa.  Aconteceu na Casa Julieta de Serpa, diante de dezenas de amigos e admiradores.  Tive o privilégio de saudar aquele que passou a ser filho de imortal, ele também imortal de amplos méritos.

Celso é um jovem educador, com estudos superiores realizados em Londres no Imperial College e aqui no Rio, na Pontifícia Universidade Católica.  Sempre foi dedicado à engenharia de sistemas, onde certamente é um dos nomes de maior relevo do Brasil.

Hoje, dirige a UniCarioca, destacado centro universitário, onde divide o comando com a sua querida Andrea e a  não menos querida filha Giovanna, além naturalmente de uma equipe competente e aguerrida.  Tem mais de 13 mil alunos, divididos nas sedes do Rio Comprido e do Méier.  A destacar a performance qualitativa dos seus cursos, quase todos com as notas máximas na avaliação do Ministério da Educação.  Da sua família faz parte também a estimada filha Gabriela, hoje voltada para ações de cinema.  É uma família muito unida.

Ao mesmo tempo, com igual empenho, Celso preside(por eleição) a ABMES(Associação Brasileira das Mantenedoras de Ensino Superior), onde pode exercitar com brilho as suas excepcionais condições de liderança.

Devo destacar o empenho do novo acadêmico na valorização da educação à distância, modalidade de crescimento exponencial na vida brasileira.  Temos hoje, em todo o país, quase 2 milhões  de estudantes, prova irrefutável do seu sucesso, que me enche de indisfarçável alegria, pois tive participação efetiva quando, procurado por Darcy Ribeiro, então no Senado da República, pude alinhavar para ele o que hoje corresponde a vários artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96).  Assim nasceu a educação à distância no Brasil, de forma oficial, graças ao empenho do Conselho Nacional de Educação.

Vamos recordar.    Na  Escola Eliezer Max, dada a sua precocidade, Celso pulou uma série do ensino fundamental, por sugestão da professora Liuba Frankenthal.  Tinha avançado nos seus conhecimentos.

Depois, quando Ruth leu nos jornais que em Israel se desenvolviam atraentes trabalhos de inteligência artificial, aos 16 anos Celso partiu para um estágio no famoso Instituto Weizmann de Ciências, de onde voltou com a firme convicção de que deveria estudar Engenharia de Sistemas.   Passou no vestibular da PUC e completou com brilho o seu curso superior, enriquecido depois por quatro anos de estudos no Imperial College of Science and Technology, de Londres.  De lá voltou para dirigir a Faculdade de Informática, que deu origem à  hoje vitoriosa UniCarioca.

Devo abrir um necessário parêntese para me referir a duas pessoas extraordinárias.  Lá do alto, onde se encontram, sorridentes, as  avós Fany e  Paulina certamente saúdam essa bela conquista.  É natural, pois ambas  eram professoras, cada uma a seu modo.  Fany de prendas domésticas e Paulina,  de sala de aula, como me recebeu há 80 anos no tradicional Instituto de Educação.  A minha mãe  consegui homenagear com a  inauguração do Colégio Estadual Fany Niskier, em Teresópolis, hoje com mais de 800 alunos.

Pode haver alegria maior do que ver o neto ascender à  glória acadêmica?