Geral

Bolsas de NY fecham sem sinal único, com comércio EUA-China e Microsoft

19/09/2019

As bolsas de Nova York fecharam sem sinal único nesta quinta-feira, com investidores atentos ao noticiário das negociações comerciais entre Estados Unidos e China e também avaliando a decisão do dia anterior do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Além disso, entre os setores, o de cuidados com saúde liderou ganhos, enquanto papéis de petroleiras e bancos recuaram. Entre os destaques, a Microsoft subiu, após no fim do dia de quarta-feira ela anunciar uma recompra de ações.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,19%, em 27.094,79 pontos, o Nasdaq avançou 0,07%, a 8.182,88 pontos, e o S&P 500 ficou estável, em 3.006,79 pontos.

O fato de que o Fed cortou os juros em 25 pontos-base, como previsto, tende a apoiar os mercados acionários, mas o BC dos EUA também deu sinais em sentido contrário, ao não garantir outras reduções dos juros e também ao mostrar divisão entre seus dirigentes sobre o caminho a seguir.

Além disso, o Fed de Nova York tem realizado nesta semana leilões de recompra, para garantir que a taxa de juros fique dentro da banda definida pelo BC americano. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou em sua entrevista coletiva na quarta-feira que a volatilidade nesse mercado de recompra (repo) não tem implicações para a economia ou a política monetária. O BMO Capital Markets diz que, caso ocorram dúvidas sobre a capacidade do Fed para orientar os juros, isso poderia representar o risco, mas por ora elogia o fato de que as operações de recompra mostraram-se eficazes e reduziram o excesso de estresse nos mercados.

Logo após a operação de recompra do Fed de NY desta quinta, os índices futuros das bolsas de Nova York passaram a subir. O movimento se manteve no início dos negócios, com os setores de tecnologia e energia liderando ganhos – mais adiante, o segundo perdeu força.

Microsoft esteve entre os destaques, com alta de 1,84% após na quarta-feira ter anunciado um novo programa de recompra de ações no valor de US$ 40 bilhões e elevado em 11% seus dividendos no terceiro trimestre em relação aos três meses anteriores.

A notícia de que os EUA podem elevar tarifas contra a China, porém, fez os índices acionários perderem força. Conselheiro do governo americano, Michael Pillsbury disse a um jornal chinês que as tarifas sobre bens da China poderiam ser elevadas a 50% ou 100%, se não houver acordo em breve. Ações expostas à potência asiática ficaram pressionadas, como Apple (-0,81%), Boeing (-0,51%) e Caterpillar (-0,72%).

O setor financeiro também mostrou baixas, com Goldman Sachs em queda de 0,85% e JPMorgan, de 0,32%. Papéis ligados à energia também em geral recuaram, como Chevron (-0,42%) e ExxonMobil (-0,67%).

Por outro lado, aqueles ligados ao setor de saúde se saíram bem, como Merck (+0,95%), UnitedHealth Group (+2,24%) e CVS Health (+0,58%).

Entre as notícias em foco, o Airbnb anunciou que pretende realizar sua oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações no próximo ano. A companhia de compartilhamento de acomodações não deu detalhes sobre como pretende realizar a operação nem divulgou mais precisamente sua data, mas o anúncio é feito após ela informar que sua receita superou US$ 1 bilhão no primeiro trimestre deste ano. / Com informações da Dow Jones Newswires

Autor: Gabriel Bueno da Costa
Copyright © 2019 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.