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Anfavea e Economia lançam 5 pontos prioritários do Rota 2030
A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) lançou nesta sexta-feira, em São Paulo, em parceria com o Ministério da Economia, os programas prioritários do “Rota 2030”. São cinco focos que começam com produtividade, passando por Indústria 4.0, incentivo à Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), diminuição do impacto ambiental e melhorar a eficiência energética.
Foram assinados vários acordos de intenção entre a Anfavea e o Ministério da Economia, representado no evento pelo secretário de Produtividade e Emprego, Carlos da Costa, com entidades como Finep, Fundep, Ambrapii, BNDES e Senai.
Para atender a estes cinco eixos, de acordo com o presidente da Anfavea, Luiz Carlos Morais, será criado um fundo com recursos privados que atingirá cerca de R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos, sendo que os desembolsos anuais serão da ordem de R$ 200 milhões.
Cada eixo vai receber cerca de R$ 40 milhões por ano para desenvolver projetos em suas respectivas áreas de atuação para compor a proposta mais ampla “Rota 2030”.
Segundo o gerente-executivo do Senai para Inovação e Tecnologia, Marcelo Fabrício Prim, um dos cinco eixos é o aumento de produtividade, que é onde a entidade irá atuar. “Neste eixo, a gente criou uma proposta de aliança do setor automotivo. São grandes companhias trabalhando com empresas de autopeças”, disse ao explicar que as grandes empresas têm um tributo a ser pago por não produzir no Brasil uma determinada peça ou sistema que, pelo “”Rota 2030”, deveria estar sendo fabricado no País.
Esse tributo é pago aos programas prioritários que têm contas correntes abertas e divulgadas. As empresas é que escolhem em que programa ela vai depositar o valor equivalente à multa.
“Pode ser na conta da Finep, do BNDES, do Senai e daí por diante. Mas o Senai não quer só o valor do tributo. Queremos que a empresa traga também seu valor intelectual. Por isso criamos um curso de pós-graduação aplicada para executivos das empresas que contribuíram para o fundo”, disse.
O secretário Carlos da Costa disse se tratar de um dinheiro que vem da iniciativa privada para a iniciativa privada e que, por isso, não se corre o risco de os recursos serem submetidos a contingenciamentos, como o que as contas públicas vêm sofrendo na atual gestão para atender ao ajuste fiscal.
“O maior obstáculo à inovação das empresas no Brasil é o Estado pesado e intruso”, disse o secretário, para quem são as empresas que entendem de inovação e são elas que têm que financiar os programas de P&D.
Autor: Francisco Carlos de Assis
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