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Mineradoras e siderúrgicas ajudam Ibovespa a se manter no campo positivo

15/07/2019

O Ibovespa abandonou o sinal de alta da abertura e ainda perdeu os 104 mil pontos, renovando mínimas, coincidindo com a inversão da valorização das bolsas em Nova York. Dentre as blue chips, Vale ON seguia com ganho (1,66%), enquanto Petrobras PN e ON cediam, 0,63% e 1,30%, apesar do leve ganho do petróleo no exterior. As ações do setor bancário também caíam, diante da espera de investidores pela votação do texto final da reforma previdenciária, que ficou para o segundo semestre. Entretanto, voltou a subir e, às 11h54, o Ibovespa avançava 0,22%, aos 104.137,14 pontos, após cair na mínima aos 103.712,95 pontos. Além de Vale, os papéis das siderúrgicas subiam, reagindo a alguns indicadores melhores que o esperado na China e à alta do minério de ferro naquela país. CSN ON tinha elevação de R$ 2,17%.

Há temor de alguns analistas de que a economia com a reforma fique aquém da marca de cerca de R$ 900 bilhões recalculada recentemente pela equipe econômica, num momento já de atividade fraca. Nesta segunda-feira, o Banco Central informou que o Índice de Atividade (IBC-Br) subiu 0,58% em maio, sendo a primeira alta mensal do governo de Jair Bolsonaro. “O crescimento é bem-vindo, mas não deve trazer ímpeto, não atrapalha pelo menos”, diz um operador. O avanço de 0,54% em maio ante abril ficou maior que a mediana de 0,50% das estimativas na pesquisa do Projeções Broadcast (0,58%).

Para Raphael Figueredo, da Eleven Financial, no entanto, o movimento moderado do Ibovespa pode ser atribuído mais a uma realização de lucros, após os ganhos recentes durante os debates sobre a reforma previdenciária, do que a uma tendência desfavorável, e de uma agenda fraca nesta segunda. Na madruga de sábado, a redação da reforma foi aprovada em primeiro turno. “Foi uma tremenda vitória”, diz.

No exterior, o índice Empire State de atividade industrial na região de Nova York passou de taxa negativa de 8,6 em junho para variação positiva de 4,3 em julho. Conforme a distrital do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em Nova York, a volta a território positivo mostra que a atividade cresceu, ainda que modestamente, no período desde o último levantamento.

Autor: Maria Regina Silva
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