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Dressel quebra recorde de Phelps na semifinal dos 100m borboleta no Mundial

26/07/2019

Aposentado desde 2016, Michael Phelps perdeu mais um recorde mundial nesta sexta-feira. Desta vez, o responsável por derrubar mais uma grande marca do norte-americano foi o compatriota Caeleb Dressel na prova dos 100 metros borboleta, uma das preferidas de Phelps, no Mundial de Esportes Aquáticos, em Gwangju, na Coreia do Sul.

Maior destaque individual da competição até agora, Dressel impôs nova marca na prova ainda na disputa das semifinais, nesta manhã (pelo horário de Brasília). Ele anotou o tempo de 49s50, superando os 49s82 registrados por Phelps há dez anos, no Mundial de Roma-2009, ainda na era dos supermaiôs, os trajes tecnológicos que foram banidos no ano seguinte.

Com o feito, Dressel aumentou ainda mais o seu favoritismo para buscar o seu quarto ouro na Coreia do Sul e sua quinta medalha na competição. Antes, ele fora campeão mundial dos 50m borboleta, dos 100m livre e do revezamento 4x100m livre.

Foi o segundo recorde de Phelps que caiu neste Mundial. Na quarta, o húngaro Kristof Milak, de apenas 19 anos, derrubou o tempo da lenda da natação nos 200m borboleta. Ele anotou 1min50s73, superando o 1min51s51 registrado por Phelps também em 2009. “Tiro o meu chapéu para ele”, comentou o supercampeão da natação, no mesmo dia.

Esta mesma semifinal do 100m borboleta contou com a presença do brasileiro Vinicius Lanza, que não conseguiu avançar à final. Ele registrou apenas o 12º melhor tempo, com 51s92 – somente os oito melhores vão à disputa por medalha.

O recorde de Dressel não foi o único do dia. A também norte-americana Regan Smith quebrou a marca dos 200 metros costas, na fase de semifinal, assim como Dressel. A nadadora de apenas 17 anos completou a prova em 2min03s35, derrubando recorde que pertencia à compatriota Missy Franklin, responsável por anotar 2min04s06 em 2012.

Na sequência, o russo Anton Chupkov impôs nova marca mundial nos 200 metros peito ao completar a prova em 2min06s12. Bicampeão, ele desbancou o australiano Matthew Wilson, que anotou 2min06s68 e faturou a prata, mas havia igualado o então recorde mundial na semifinal. O bronze foi para o japonês Ippei Watanabe, com 2min06s73.

Foi o sétimo recorde mundial deste campeonato. Além das boas performances de Dressel, Smith, Milak, Chupkov e Wilson, o revezamento feminino da Austrália definiu nova marca para o 4x200m livre e o britânico Adam Peaty impôs o recorde nos 100m peito.

OUTROS RESULTADOS – Em dia em que a natação dos EUA exibiu reação, após decepcionar nas provas anteriores, Simone Manuel faturou o bicampeonato dos 100 metros livre, com novo recorde das Américas e a terceira melhor marca da história: 52s04. Simone é também a atual campeã olímpica da prova.

Nesta sexta, a australiana Cate Campbell levou a prata, com 52s43, e a sueca Sarah Sjoestroem, atual recordista mundial da prova, ficou com o bronze – 52s46.

Outro destaque do dia foi a russa Yuliya Efimova, que se tornou tricampeã mundial dos 200 metros peito nesta sexta, com 2min20s17, sem contar com a concorrência e rivalidade da norte-americana Lilly King – ela foi desclassificada nas eliminatórias. A sul-africana Tatjana Schoenmaker levou a prata, com 2min22s52, sendo seguida pela canadense Sydney Pickrem, com 2min22s90.

Nos 200 metros costas masculino, o russo Evgeny Rylov se sagrou bicampeão mundial ao completar a distância em 1min53s40. O americano Ryan Murphy chegou em segundo lugar, com 1min54s12, seguido do britânico Luke Greenbank, medalhista de bronze, com 1min55s85.

No revezamento 4x200m livre, o ouro foi para a Austrália, com 7min00s85. O time campeão mundial foi composto por Clyde Lewis, Kyle Chalmers, Alexander Graham e Mack Horton. A Rússia faturou a prata, com 7min01s81 e os EUA levaram o bronze, com 7min01s98. O Brasil chegou em sétimo lugar, com 7min07s64.

POLO AQUÁTICO – Hesitante na natação, os Estados Unidos brilharam no polo aquático feminino nesta sexta. O time faturou seu sexto título mundial ao derrotar a Espanha na final por 11 a 6. Foi ainda a terceira conquista seguida das norte-americanas no Mundial de Esportes Aquáticos.

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