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Ibovespa abre no positivo, vira e exibe leve baixa; no Senado, Moro nega conluio

19/06/2019

O Ibovespa abriu em alta moderada e pouco depois exibiu leve queda nesta quarta-feira, 19, de expectativa com a comunicação dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, previstas para hoje (depois das 18 horas e às 15 horas, respectivamente). No mercado de juros futuros, o desempenho é de viés de alta ao longo de toda curva, sendo que o vencimento para janeiro de 2021 é o que apresenta variação positiva maior.

Do noticiário doméstico, o destaque da última hora é audiência com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, na CCJ no Senado Federal para responder sobre as acusações de conluio com o Ministério Público. Moro negou que tenha havido convergência com investigadores enquanto era juiz da Lava Jato. “Evidentemente pode ter havido alguma troca de mensagens, mas nada que não tenha sido normal se fosse presencial. Não estou dizendo que reconheço autenticidade, não tenho como dizer disso”, afirmou.

Em sua fala inicial, o ministro de Estado disse que não tem nada a esconder.

Às 10h27, o Ibovespa estava praticamente estável aos 99.320,79 pontos (-0,08%), na mínima. Todas ações de bancos estão em queda. Bradesco PN caía 0,55%. Banco do Brasil ON recuava 0,08%. Perto desse horário, o mercado à vista em Nova York estava misto: Dow Jones subia 0,17% e o S&P500 recuava 0,05%.

O investidor do mercado de ações doméstico segue atento aos papéis do setor financeiro por causa da recuperação judicial da Odebrecht. Entre os bancos privados, o Bradesco é o mais comprometido com a situação da multinacional brasileira, com R$ 4,796 bilhões, sendo R$ 4,372 bilhões em dívidas extraconcursais, ou seja, garantida, também por ações da Braskem.

O Banco do Brasil e o BNDES aparecem como os principais credores das 21 empresas do grupo Odebrecht que pediram recuperação judicial ontem. Juntos, são credores de R$ 17,862 bilhões.

Mais cedo, a CNI divulgou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) alcançou 56,9 pontos em junho. O resultado representa uma alta de 0,4 pontos em relação a maio e interrompe uma série de quatro quedas consecutivas do indicador, que está 2,4 pontos acima da média histórica, de 54,5 pontos.

Autor: Karla Spotorno
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