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Grupo Vocal Afro-Ameríndio realiza oficinas de expressão corporal neste mês

14/06/2019
Grupo Vocal Afro-Ameríndio realiza oficinas de expressão corporal neste mês

O Grupo Vocal Afro-Ameríndio realiza nos sábados, 15 e 22 de junho, duas oficinas de Comunicação e expressão corporal para coral. As atividades são realizadas dentro do contexto da música para coro, porém artistas de outras áreas, assim como o público geral terão a oportunidade de estudar as técnicas junto ao grupo. As oficinas vão acontecer das 09h às 12h, no Complexo Cultural Teatro Deodoro, Centro de Maceió, com certificação.

A cultura e a história dos povos afro e indígena estão nas diretrizes que movimentam o Grupo Vocal, e estarão presentes durante a oficina. Jailson Natividade, maestro do coro, conta que “por meio das músicas e cantigas afro e indígenas, grande parte da riqueza cultural brasileira, serão realizados jogos corporais trabalhando improviso, uso dos espaços e das ações e composição corporal”.

O maestro esclarece que as oficinas são, além de uma ferramenta educativa e social, uma forma de apresentar o trabalho do Grupo Vocal Afro-Ameríndio à comunidade. “Melhor até que fazer uma seleção, realizar essas oficinas foi a forma encontrada para mostrar o trabalho que realizamos e convidar as pessoas a integrarem o grupo”, explica Jailson.

Para participar das oficinas, basta realizar as inscrições pelo número (82) 98852-9914, tanto por ligação, quanto por WhatsApp, com investimento de R$10. Estão abertas 30 vagas para os sábados.

Afro-Ameríndio: o canto que vem de dentro

Jaillson Natividade é pedagogo e músico, cantor lírico formado no Pará, seu estado natal, e direcionou, desde o início, os estudos para a ancestralidade do canto. Escolheu Maceió como morada em 2007, onde, quase organicamente, organizou um projeto para debater sobre a sociedade e a cultura negra e indígena brasileira, sobretudo voltando-se para a música e canto dessas descendências, com o nome Canto que vem de dentro. Jailson notou que os participantes do grupo gostariam de vivenciar cada vez mais a música afro-indígena, que tanto carecia de representação à época, e assim fundou, há cinco anos, o Grupo Vocal Afro-ameríndio.

O grupo, hoje, conta com dezesseis participantes e faz apresentações em eventos e instituições, sempre focando no dever educativo do grupo, se comportando como uma ferramenta social. “A música das culturas afro-indígenas está no berço de nossa sociedade”, diz Jailson, “é a voz de grupos marginalizados que foram tão importantes na história brasileira”. O maestro do Grupo Vocal conta que a identificação é o que traz as pessoas ao grupo, muitos fazem parte do coro pelo prazer em cantar o conhecimento de seus antepassados.

Uma entusiasmada coralista, Célia Morares, traja seu turbante e estampa a satisfação de fazer parte do Grupo. Aos 60 anos, Célia toca xequerê em um grupo de percussão e canta no Afro-Ameríndio: “Só não faço dança afro porque não tenho mais pernas para isso, mas admiro muito a nossa cultura”, diz em tom de risada a coralista. Ela conta que “é uma representação, me sinto apropriada quando canto”.

Serviço

Oficina de comunicação e expressão corporal para coral

Coordenação: Grupo Vocal Afro-Amerídio

Dias 15 e 22 de junho, das 09h às 12h

Público: coralistas e demais interessados

Local: Complexo Cultural Teatro Deodoro, Centro de Maceió

Inscrições: até dia 14 de junho pelo número 82 9 8852-9914

Investimento: R$10

Com certificação

30 vagas