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Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes recebe reitores da Uneal em reunião extraordinária

11/06/2019
Comissão de Educação, Cultura, Turismo e Esportes recebe reitores da Uneal em reunião extraordinária

A Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Turismo da Assembleia Legislativa realizou uma reunião extraordinária, nesta segunda-feira (10), para dar continuidade aos trabalhos de atuação sobre as faculdades irregulares e emissões de diploma sem validade no Estado. Desta vez, a Comissão, presidida pelo deputado Marcelo Beltrão, recebeu o reitor e o vice-reitor da Uneal, Odilon Máximo e Anderson Barros.

“Convidamos os reitores da Uneal para a reunião da Comissão para que, agora de forma oficial, eles nos falem um pouco sobre o trabalho da Universidade no processo de registro de diplomas e sobre as medidas que a Reitoria vem tomando após a divulgação deste golpe no Estado”, disse Marcelo Beltrão aos deputados presentes, ao abrir a reunião.

Durante a reunião, os reitores explicaram, de forma detalhada, sobre todo o processo de registro, responsabilidades da Universidade, e todas medidas que foram tomadas por ele após assumirem a reitoria da Uneal no ano passado.

“Quando assumimos a reitoria da Uneal, no ano passado, ficamos sabendo das primeiras denúncias e decidimos suspender os contratos vigentes com as empresas que prestam serviço para as Faculdades levando os diplomas para serem registrados. Logo no final do mesmo mês nós recebemos uma decisão judicial que obrigava a Uneal a receber os diplomas até o prazo de 90 dias e assim fizemos. Entretanto, do dia cinco de fevereiro até hoje nós não liberamos mais nenhum diploma porque trabalhamos numa nova resolução, com base na nova resolução do MEC, que tornam mais rígidos os critérios para o registro de diplomas”, explicou o reitor, Odilon Máximo.

Ainda sobre a nova resolução, o vice-reitor, Anderson Barros, destacou que, além de atender a todos os requisitos já estabelecidos pelo MEC, a Uneal colocou critérios mais rígidos, no sentido de dificultar a ação das faculdades irregulares.

“Além de todos os requisitos e documentos que já eram necessários, por meio da nossa nova resolução, aprovada pelo nosso Conselho Superior, agora estamos também pedindo o relatório do Censo das faculdades para verificar se o aluno realmente estudou na Instituição”, disse o vice-reitor.

Participaram da reunião os deputados Davi Maia e Cibele Moura.

Alunos também começaram a ser ouvidos

A atuação da Comissão sobre o teme teve início logo após a instalação. O primeiro a ser ouvido foi o coordenador do Movimento Diploma Legal, João Catunda, que falou um pouco sobre o trabalho do movimento com os estudantes, iniciado há mais de dois anos.

No último 23 de maio, dezenas de estantes, de vários municípios participaram de uma reunião extraordinária da Comissão, realizada no Plenarinho da Assembleia.

Durante toda a manhã, os estudantes relataram aos membros da Comissão sobre as faculdades e os cursos que estudaram, como funcionavam e os transtornos para receberem seus diplomas. Os deputados ouviram relatos de quem não conseguiu estagiar, de quem recebeu apenas um certificado e de alunos que, ao longo dos quatro anos de curso, chegaram a passar por seis faculdades diferentes.

“Todas estes relatos estão sendo colhidos para que a Comissão tenha conhecimento de todo o processo, sejam dirimidas todas as dúvidas para que, em breve, a gente possa ter informação suficiente para requerer a instalação de uma CPI”, disse o deputado Marcelo Beltrão.