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Síndrome de burnout entra na lista oficial de doenças da OMS; síndrome atinge 32% dos brasileiros

28/05/2019
Síndrome de burnout entra na lista oficial de doenças da OMS; síndrome atinge 32% dos brasileiros

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu e incluiu na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-11) a síndrome de burnout que é mais conhecida como o esgotamento profissional. Quem sofre com essa síndrome sente sintomas físicos – como dor de barriga, cansaço, tontura, entre outros – e cansaço mental. Segundo a OMS, todos esses sintomas estão ligados ao trabalho.

De acordo com International Stress Management Association (Isma-BR) 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem esse tipo de estresse. A classificação ficou pronta em 2018, porém, só agora que teve a aprovação na 72ª Assembleia Mundial da OMS. A nova versão da classificação entra em vigor em 1º de janeiro de 2022.

A psicóloga Roseanne Albuquerque (CRP/151195) explicou que a pessoa que tem a síndrome apresenta atitudes negativas. “Ela começa a não querer mais ir ao trabalho, fica agressiva, com oscilação de humor, ansiedade, irritabilidade, há uma redução na eficácia profissional, entre outros. Além dos sintomas físicos que se manifestam como uma dor de cabeça, insônia, crise de asma, pressão alta”.

Roseanne ressaltou que o diagnóstico é feito de forma clínica levando em conta toda história pessoal do paciente e o seu envolvimento com o trabalho. “Como ele vê esse trabalho? Esse trabalho para ele significa tudo? Essa exaustão no trabalho pode levar o profissional a ter sérios problemas, mas é preciso que se investigue o histórico de vida dele”. Ainda segundo Roseanne, o tratamento é a psicoterapia e em alguns casos, o uso de fármacos.

“Mas, na rotina do paciente devem ser incluídos exercícios físicos regulares, meditação, exercícios de relaxamento, entre outros. São ferramentas importantes para uma melhor qualidade de vida do paciente”, reforçou a psicóloga.