Variedades
Contemporâneos em diálogo íntimo com o pintor
Dois pintores que integram a exposição dominada pela pintura de Bakun se destacam na mostra pelo diálogo íntimo com sua arte, embora não fossem próximos: Volpi e Guignard. Para ambos – e também para Bakun – vale a máxima de Cézanne, para quem a arte opera um milagre, justamente “o de transformar o mundo em pintura”. Mesmo sem comungar da mesma crença de Bakun numa dimensão sobrenatural, Volpi e Guignard, assim como Cézanne, ao transfigurar a paisagem, operavam igualmente esse milagre. Não restituíam a aparência do mundo visível na tela, mas, como disse Merleau-Ponty a respeito de seu conterrâneo pintor, anexavam a parte do invisível percebida de forma oculta pelo artista.
As paisagens dos anos 1940 de Volpi e Guignard, reproduzidas ao lado, são exemplos de uma certa ausência que, paradoxalmente, enche os olhos do espectador como uma experiência luminosa, misteriosa. Em Bakun, até a figura humana surge amalgamada à paisagem, afirmando a plenitude dessa imagem que não está no mundo, mas se revela por meio da pintura de um gênio.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Antonio Gonçalves Filho
Copyright © 2019 Estadão Conteúdo. Todos os direitos reservados.
Mais lidas
-
1AÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Processo criminal contra Prefeito Júlio Cezar é redistribuído para Juizado da Violência Doméstica
-
2POLÍTICA É COMO NUVEM
Virada política em Palmeira: Luiza Julia Duarte poderá ser lançada à Prefeitura pelo PT
-
3PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Mudanças na Câmara Municipal: vereador Fábio Boneta tira licença de 120 dias e entra Flávio Emiílio
-
4REVIRAVOLTA EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS
Gervásio Neto na eleição deverá afastar Paulo Dantas do palanque do "imperador" e Julia Duarte
-
5SAÚDE
'Cabeça de Ozempic': o novo efeito colateral que viralizou nas redes; entenda