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Coletânea Poética II

11/05/2019
Coletânea Poética II

O poeta-escritor Macário Loureiro, natural da Terra do Menestrel das Alagoas (in memorian), legou à posterioridade seu terceiro livro intitulado Coletânea Poética II – Poemas & Crônicas – inéditas fruto de suas andanças  literárias e, ao mesmo tempo, consagrou-se como vate à moda antiga.

Adquiriu, portanto, estilo próprio no fazer literário distinto. Foi, portanto, dotado de sensibilidade poética  e, ao mesmo tempo, carregou a têmpera de um cronista contemporâneo que denunciava a insensatez dos algozes do poder.

Como vate, versejou exaltando a figura do médico-escritor Dr. Milton Hênio, (82 anos), ícone da medicina infantil das Alagoas, sócio efetivo da Associação Alagoana de Imprensa (AAI), com relevantes serviços à medicina, bem como às letras caetés.

“ Bendita a nossa Alagoas,/ E as crianças também,/ Muito feliz Maceió,/ Todos estão de parabéns./ Salve o Dr. Milton Hênio, / Pela sua competência,/ Por todos os seus predicados,/ E por sua sapiência./ É escritor renomado,/ Poeta e jornalista,/ Uma cultura vasta, madura,/ Um veterano cronista./ Como homem e como médico,/ É humanista e humanitário,/Todo mundo o admira,/ Um verdadeiro esculápio./ Ele possui vários títulos,/ Honoríficos e honorários,/ Todos por merecimento,/ Como se fosse um fadário,/ Admirado por todos,/ Em Maceió e toda parte,/ É exemplo de vida,/ Pediatra é sua arte./ Deve ter nascido na Grécia,/ Na região do Parnaso, / Ele é um apóstolo do bem,/ É um mito consagrado”.

Por outro lado, distinguiu a Grécia Antiga que deu inspiração ao Ocidente em termos de cultura/sabedoria universais: “ Helena a bela troiana,/ Filha de Leda de Zeus,/ Sua beleza imaculada,/ Tinha a semelhança de Deus”.

Exalta o amor, a beleza da flor, e, principalmente, as rosas que inspiraram o inolvidável Cartola: “ Toda rosa nasce bela,/ Toda rosa tem odor,/ Toda rosa é mimosa,/ Toda rosa lembra amor”.

Deixou transparece sua sensibilidade à criança, e, por conseguinte, eleva sua alma dando-lhe  a dimensão cristiana:” “ Que criançinha formosa,/ Junto ao seu jumentinho,/ Eles são da mesma idade,/ São dois irmãozinhos”.

Dir-se-ia que a velha Viçosa serviu de berço a muitos escritores, homens das letras, historiadores, médicos a saber: general Luiz de França, Othon Correia, Firmino Maia, Demócrito Gracindo, pai do ator Paulo Gracindo, médico José Maria de Melo, ex-presidente da Academia Alagoana de Letras, Alfredo Brandão, Apolinário Rebelo, Dr. Barreto Falcão, Otavio Brandão, Narciso Vasconcelos, Izidro Vasconcelos, Francisco Teixeira, José Tenório, Teotonio Vilela ( pai), Emerson Loureiro Jatobá, Don Avelar  Brandão, bispo primaz do Brasil, professor João Domingos Moreira, o Sócrates viçosense, e outros filhos que deixaram marcas indeléveis que a poeira do tempo não conseguirá apagar.

Dentre as crônicas inseridas na obra em epígrafe, destacam-se: Pena de morte, Supersalários: câncer do erário público, O Homo – Sapiens, Governo e Economia, A morte da Floresta e da Fauna, Reforma Agrária, Democracia ou Anarquia?, O grande desafio, Reforma administrativa, Os marajás e o Povo, O preço de um Herói, Atenas de Alagoas, Até quando Catalina?, Bandeira queimada ( Hino Vaiado onde vamos?, Lampião – Vilão ou Herói?, Por que a guerra?, Viagem à guerra, Máquina e Homem, Apocalipse . Tudo isso escrito com tom de crítica, bem como advirtindo às autoridades atuais. Organização: Francis Lawrence.